CGU indica revisão de sigilos impostos por Bolsonaro a 234 processos
Apesar de indicar a revisão dos sigilos considerados exagerados, a CGU evitou comentar casos específicos. No total, segundo a Transparência Brasil, o governo Bolsonaro impôs 1.108 sigilos de 100 anos. Agora, a controladoria-geral vai reavaliar 21,5% deles.
O CGU criticou o tempo imposto por Bolsonaro aos sigilos: “Foi exacerbado o uso o argumento de "informações pessoais" para restringir o acesso às informações”, disse Vinicius Carvalho. A declaração foi feita durante uma coletiva na sede do órgão, em Brasília.
De acordo com o controlador-geral, os processos a serem revistos são das seguintes áreas: segurança nacional (111); segurança do presidente e familiares (35); informações pessoais (49); atividades de inteligência (16); outros (23).
Casos sigilosos
A revisão vai na esteira de um decreto assinado em 1º de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pediu a avaliação dos sigilos impostos a documentos públicos na gestão anterior.
Além disso, na corrida eleitoral, o petista já havia prometido retirar o sigilo sobre processos como os gastos do cartão corporativo de Bolsonaro; as visitas à então primeira-dama Michelle Bolsonaro; e o processo administrativo relacionado ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
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Pela norma, estão protegidas pelo período de até 100 anos todas as informações caracterizadas como pessoais, relativas, por exemplo, à intimidade, vida privada, honra e imagem de um cidadão.
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