O ex-líder, que vivia em exílio auto-imposto em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tomou o poder do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif em um golpe militar em 1999 e se nomeou presidente em 2001, mantendo-se como chefe do exército. Ele continuou a liderar o Paquistão como presidente até 2008.
Seu mandato foi pontuado por duas tentativas fracassadas de assassinato em 2003.
Em novembro de 2007, ele declarou estado de emergência, suspendeu a constituição do Paquistão, substituiu o juiz principal e bloqueou canais de TV independentes.
Musharraf disse que fez isso para estabilizar o país e combater o crescente extremismo islâmico. A ação atraiu duras críticas dos Estados Unidos e dos defensores da democracia. Os paquistaneses pediram abertamente sua remoção.
Sob pressão do Ocidente, Musharraf posteriormente suspendeu o estado de emergência e convocou eleições, realizadas em fevereiro de 2008, nas quais seu partido se saiu mal.
Ele deixou o cargo em agosto de 2008, depois que a coalizão governista começou a tomar medidas para impeachment.
Musharraf então foi para o exílio, mas voltou ao Paquistão em 2013 com o objetivo de concorrer às eleições nacionais do país. Em vez disso, seus planos foram desfeitos quando ele se envolveu em uma teia de processos judiciais relacionados ao seu tempo no poder.
Em 2019, ele foi condenado à morte à revelia por alta traição. A decisão foi posteriormente anulada.
Musharraf morava em Dubai desde março de 2016, quando a Suprema Corte do Paquistão suspendeu uma proibição de viagem, permitindo que ele deixasse o país para procurar tratamento médico lá.
Ele era casado com Sehba Musharraf e tinha um filho e uma filha.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Pervez Musharraf, ex-presidente do Paquistão, morre em Dubai no site CNN Brasil.