A China reafirmou que o balão era um “dirigível civil”, ou seja, não tinha qualquer ligação com equipamento de espionagem. “Nestas circunstâncias, os Estados Unidos insistirem em usar a força armada é claramente uma reação excessiva que viola gravemente a convenção internacional”, apontou o comunicado.
“A China defenderá resolutamente os direitos e interesses legítimos da empresa envolvida e retém o direito de responder posteriormente”, continua o documento.
No sábado (4/2), os Estados Unidos (EUA) derrubaram o, que passou os últimos cinco dias sobrevoando o território norte-americano. Mais cedo, o presidente Joe Biden se pronunciou pela primeira vez sobre o dispositivo, e afirmou que o governo do país iria “se encarregar” dele.
Após a declaração do chefe de Estado, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que interrompeu as atividades de três aeroportos na região. Os locais fechados ficam na costa leste, nos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, onde o artefato estava localizado.
O balão, do tamanho de três ônibus escolares, caiu no oceano, depois de passar oito dias sobre território norte-americano, por cerca de 6,4 mil quilômetros.
Veja vídeos da derrubada:
China protested to the US after the Pentagon shot down a balloon – in Beijing, they declared the right to respond
The Chinese Foreign Ministry said that Beijing reserves the right to any necessary reaction for the downed balloon in the United States. They noted that the device pic.twitter.com/hbyvwjVkhz
— dana (@dana916) February 5, 2023
US Air Force: 1?? Communist China: 0?? China"s second balloon spotted over South America pic.twitter.com/vZL9b6WC3D
— .aspendos (@aspendos_1789) February 5, 2023
Best video of F22 Raptor taking out China Spy Balloon pic.twitter.com/IptA3VAUzb
— SaveAmerica (@erick_fost) February 5, 2023
O balão levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, que estava marcada para este fim de semana.
Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação: “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”, disse um oficial americano, que não quis se identificar.
O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA, na ocasião, explicou em comunicado que balão estava em grande altitude e “não representa um risco militar ou físico” para ninguém em solo e nem para a aviação civil. Até essa sexta-feira (3), não havia planos de derrubar o balão, porque ainda era estudado se os destroços poderiam representar uma ameaça aos cidadãos em solo.
Depois da China confirmar, na quinta-feira (2/2), que um balão chinês sobrevoou os Estados Unidos, o Pentágono acusou o gigante asiático de novamente utilizar outro balão para espionagem, neste sábado (4/2), dessa vez, na América Latina.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iria para a China neste fim de semana, mas a viagem foi cancelada. O anúncio foi feito horas antes de Blinken partir de Washington para Pequim e marca um novo golpe nas já tensas relações entre os Estados Unidos e a China.
Na última semana, um memorando vazado elevou o alerta. No documento, o general Mike Minihan, chefe do Comando de Mobilidade Aérea dos EUA, afirmou que os Estados Unidos e a China travarão uma guerra em 2025. O motivo seria uma tentativa de Pequim de tomar à força Taiwan, uma ilha autogovernada que o governo chinês não considera independente.
A pressão de Pequim sobre o território tem aumentado constantemente nos últimos anos. Sob o governo do presidente Xi Jinping, a China elevou a pressão por meios militares, políticos e econômicos.
Dois caças da Força Aérea dos EUA retiraram o balão da costa da Carolina do Norte no sábado à tarde.
Biden admitiu que o Pentágono sabia sobre o balão desde que ele entrou no espaço aéreo dos EUA, mas decidiu manter seu conhecimento em segredo para preservar o relacionamento sino-americano antes da reunião planejada do secretário de Estado Antony Blinken com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim. .
A China disse publicamente na sexta-feira que o balão era um “dirigível civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos” que “se desviou muito de seu curso planejado”.
A entrada do balão no espaço aéreo americano não foi intencional, afirma o país.
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