Durante o julgamento, em seu depoimento, Rodrigo Crivellaro relatou que ficou com uma cicatriz na boca por causa do soco que levou, e não se recorda do que aconteceu depois de ser derrubado. William chutou sua cabeça enquanto ele estava caído.
“Não lembro de nada, vi nas imagens. Apaguei e lembro de acordar no hospital”, relatou o árbitro. O chute o lesionou na região da nuca, na sexta vértebra, o que o afastou de suas atividades no futebol e o forçou a usar colar cervical por dois meses.
“Poderia ter ficado numa cadeira de rodas”, acrescentou Crivellaro.
Durante seu interrogatório, William confessou que “realmente agrediu” o árbitro, errou, mas “jamais” teve intenção de causar a morte.
“Atualmente afastado do futebol profissional por causa de uma suspensão de dois anos, em meio ao interrogatório Ribeiro voltou-se à plateia do Salão do Júri, onde estava Crivellaro, e pediu desculpas à vítima pelas agressões”, relatou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) em nota.
A agressão ocorreu no dia 4 de outubro do ano passado, durante partida entre Guarani e o São Paulo de Rio Grande, Ribeiro, atleta do São Paulo, deu um soco no árbitro e um chute em sua cabeça enquanto ele já estava caído no chão. Crivellaro chegou a desmaiar e foi levado para o hospital.
O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) decidiu no dia 18 de outubro pela suspensão de 730 dias ao jogador.
O júri do jogador deveria ter acontecido em 24 de novembro do ano passado, mas foi cancelado na véspera a pedido da defesa, que apresentou atestado médico recomendando isolamento do réu por ter tido contato com uma pessoa infectada com Covid-19.
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