Daniel Alves entregou voluntariamente uma amostra do seu DNA no dia 20 de janeiro, quando foi preso preventivamente sem direito à fiança. O material coletado foi comparado com quatro amostras e, em todos os casos, o resultado se manteve.
O lateral-direito se encontra no presídio Brians 2, em Barcelona. A defesa dele, encabeçada pelo advogado Cristóbal Martell, entrou com recurso contra a prisão preventiva do ex-jogador do Barcelona. Em um documento de 24 páginas, é alegado que não há risco de fuga da Espanha, sendo sugerido a entrega do passaporte e até mesmo o uso de "pulseira telemática", similar a uma tornozeleira eletrônica.
ENTENDA O CASO DANIEL ALVES
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico.
No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma casa noturna que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia. Depois, ele confirmou houve relação sexual com ela, mas garantiu que foi consensual.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público pedir a prisão e a juíza aceitar. Poucos dias depois da prisão, o Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube havia sido rompido por justa causa.