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Ásia

Novo diplomata da China visitará a Rússia em meio a tensões com os EUA


As consequências do balão foram rápidas, com Washington acusando a China de supervisionar um programa de vigilância internacional – e Pequim negando essas alegações e, por sua vez, acusando os EUA de lançar “ilegalmente” balões de alta altitude em seu espaço aéreo mais de 10 vezes desde o início do ano passado. A China afirma que o balão, que as forças norte-americanas identificaram e depois derrubaram no início deste mês, é uma aeronave civil de pesquisa acidentalmente desviada do curso.

O incidente também teve um impacto imediato no que foi visto como uma oportunidade para os EUA e a China estabilizarem as relações, já que Blinken adiou uma esperada visita a Pequim no início de fevereiro depois que autoridades norte-americanas anunciaram que estavam rastreando o dispositivo.

Na segunda-feira (13), o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, recusou-se a confirmar que Blinken compareceria à conferência de Munique e disse que não havia nenhuma reunião agendada com uma autoridade chinesa. Ele observou, no entanto, que os EUA estavam “sempre avaliando opções para a diplomacia”, incluindo reuniões em terceiros países.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, não mencionou nenhum encontro potencial com Blinken ao anunciar os planos de viagem de Wang Yi durante uma entrevista à imprensa na segunda-feira.

O itinerário de Wang traria uma oportunidade para a China trabalhar para “novos progressos nas relações bilaterais” com França, Itália e Hungria, bem como “promover a confiança mútua estratégica China-UE”, disse o porta-voz.

A relação da China com a Europa passou por um estresse significativo após a guerra na Ucrânia. Pequim se recusou a condenar a invasão abertamente ou apoiar inúmeras medidas contra ela nas Nações Unidas. A China também continuou a fazer parceria com os militares russos durante exercícios de grande escala, ao mesmo tempo em que aumentou seu comércio e compras de combustível de Moscou.

De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, a visita de Wang a Moscou proporcionará uma oportunidade para a China e a Rússia continuarem a desenvolver sua parceria estratégica e “trocar pontos de vista” sobre “questões críticas internacionais e regionais de interesse comum” – uma frase comum frequentemente usada para aludir a tópicos, incluindo a guerra na Ucrânia.

O Ministério das Relações Exteriores não especificou se Wang se reuniria com o presidente russo, Vladimir Putin.

“A China está pronta para aproveitar esta visita como uma oportunidade e trabalhar com a Rússia para promover o crescimento constante das relações bilaterais na direção identificada pelos dois chefes de estado, defender os direitos e interesses legítimos de ambos os lados e desempenhar um papel ativo para a paz no mundo”, disse o porta-voz Wang Wenbin.

A visita de Wang também pode ser um prenúncio de uma visita de Estado do líder chinês Xi Jinping a Moscou no final deste ano. Putin estendeu um convite a Xi durante uma habitual ligação de fim de ano entre os dois líderes, mas o Ministério das Relações Exteriores da China ainda não confirmou nenhum plano.

Jennifer Hansler e Wayne Chang, da CNN, contribuíram para esta reportagem

Este conteúdo foi originalmente publicado em Novo diplomata da China visitará a Rússia em meio a tensões com os EUA no site CNN Brasil.

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