Ele foi encaminhado ao Ministério do Trabalho e também a outras duas autoridades correlatas de Mali no último dia 9 elenca algumas atitudes que o embaixador teria feito:
“No que diz respeito ao que está acima, os funcionários da embaixada vêm muito respeitosamente vos informar sobre a situação na qual vivemos dentro desta missão diplomática e solicitamos o seu apoio para acabar com o sofrimento deles”, afirma o texto.
O documento diz que “o governo brasileiro tendo sido informado sobre essa situação e despachou uma missão de inspeção a Bamako [capital do Mali] para ouvir todos os funcionários da embaixada incluindo dois do ministério brasileiro das relações exteriores”, e que “um procedimento administrativo disciplinar foi aberto em novembro de 2022 por aquele [Ministério das Relações Exteriores], logo depois da missão de outubro, que ouviu os testemunhos de certas pessoas entra nós por meio de videoconferência”.
Em razão das denúncias, o Itamaraty decidiu não expulsar o embaixador, mas realizar um Termo de Ajustamento de Conduta, cujo extrato foi publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira (10). Dentre as normas que violou, está a de “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”.
Procurado, o Itamaraty informou à CNN que “o embaixador Carlos Eduardo de Ribas Guedes foi objeto de investigação no âmbito de processo administrativo disciplinar, cujo resultado foi a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta, conforme orientação da CGU [Controladoria-Geral da União]”.
A CNN procurou o embaixador Carlos Eduardo por e-mail e não obteve resposta até agora. Ele também foi procurado por redes sociais e por telefone, mas não houve retorno. A reportagem continua insistindo para obter uma resposta.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Itamaraty vai monitorar por dois anos embaixador acusado de “atos escravocratas” no site CNN Brasil.