“Diversos trechos da rodovia não existem mais. Em funcão das condições não dá para acessar [Juqueí e Barra do Sahy] pelo mar, que está de ressaca, é muito perigoso. E não podemos chegar por terra, que n]ao há condições. Há a dificuldade para a navegação aérea, as equipes tiveram que achar "janelas" no tempo para conseguir chegar ao local. Desconheço tamanha catástrofe vinda dos céus desse jeito”, disse o prefeito.
Segundo Augusto, até antes da pandemia de Covid-19, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade de São Sebastião tinha 92 mil habitantes e durante o período esse número saltou para 220 mil. Após os dois anos de restrições por conta do coronavírus, a cidade ficou com 150 mil moradores.
“Esse fluxo atraiu mais gente de outros estados em busca de uma oportunidade melhor. Inclusive foram feitas ações com o Ministério Público, muitas pessoas foram retiradas de áreas de risco. Mas a cidade sofre com ocupações desordenadas por décadas.
O prefeito informou que equipes de peritos e profissionais de saúde foram reforçadas para a identificação dos mortos na tragédia. O Exército está fazendo o traslado desses corpos para a região central da cidade.
“É um procedimento complexo e doloroso. E há outro fator triste porque as pessoas não conseguirão chegar a tempo dos enterros por causa da sitação das estradas. As equipes estão trabalhado 24 horas para tentar realizar o acesso à região sul, paa fazer um caminho na estrada”, explicou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “No decorrer da noite provavelmente teremos mais mortos”, disse prefeito de São Sebastião (SP) no site CNN Brasil.