Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho foram homenageados pelas duas primeiras escolas e emocionaram o público. Se recuperando das complicações de um AVC, o ex-Fundo de Quintal esteve em um dos carros alegóricos e se mostrou bem animado. Arlindinho não escondeu as lágrimas e se empolgou com a passagem do pai. Já o dono do hit Deixa a Vida me Levar ficou sem palavras para descrever a emoção.
Mangueira-Carnaval-Rio-de-JaneiropUnidos-Tijuca-CarnavalSalgueiro-Carnaval-Rio-de-JaneiroGrande-RioDudu-Nobre-CarnavalPaolla-Oliveira-Carnaval-RJImpério-Serrano-Arlindo-CruzImpério-Serrano-Arlindo-Cruz0O enredo da Escola de Samba foi voltado para o sambista Arlindo Cruz. O cantor, que se recupera das complicações de um AVC sofrido em 2017, esteve em um dos carros alegóricos e não escondeu a emoção. Arlindinho, filho do artista, foi às lágrimas e expressou o sentimento em entrevista à Globo:
“Flores em vida. Ver os amigos ali com ele, minha mãe, toda luta que ela tem, muito difícil. Hoje eu vi meu pai melhorar o semblante, mais leve, eu acho que essa coisa de levar o corpo junto ao samba, que é o juramento do sambista, é muito importante. A presença dele aqui é muito importante”, declarou.
Arlindinho ainda contou que a presença do pai foi dúvida. “Eu, por diversas vezes briguei, achei que não tinha vir Em outros momentos achava que tinha. Mas, vendo aqui ele sentindo essa alegria, o jeito dele de interagir com a gente, principalmente, ele sempre se colocou muito positivo para estar aqui. É um cara que se doa tanto pela Império”, completou.
A agremiação, que é a atual campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, homenageou Zeca Pagodinho. Assim como Arlindo Cruz, o sambista desfilou com a escola e fez bonito. O enredo da Grande Rio contou a vida e a obra do cantor. Como Rainha de Bateria, a postulante ao bicampeonato contou com Paolla Oliveira, que foi muito elogiada na internet.
Em cima de um dos carros alegóricos, Zeca ficou sem palavras ao tentar expressar a emoção: “Deus me livre, nem me pergunte, está com tudo”, disse o cantor, quando questionado pela Globo sobre o coração. O cantor classificou como “Linda” a homenagem.
Paolla Oliveira também foi destaque e teve o seu nome alçado aos Trending Topics, que mostra os assuntos mais comentados do Brasil no momento. Entre as menções, muitas pessoas rasgaram elogios à atriz: “Como diz a minha mãe: Paolla Oliveira é a Rainha do Carnaval”, exaltou um usuário.
Com o enredo “Terras de meu céu, estrelas de meu chão”, a agremiação mostrou o legado dos artistas do Alto do Moura. No desfile, Dudu Nobre e Sandra de Sá chamaram a atenção como Deus e Maria. “Papo de alfândega, nada a declarou”, disse a artista, ao ser questionada sobre a emoção.
“Primeiro samba da Estrelinha da Mocidade foi meu. A gente tem uma ligação há muito tempo. Muito bacana a gente estar aqui com a nossa escola, poder nesse momento estar todo mundo reunido porque, acima de tudo, é Mocidade Independente de Padre Miguel”, declarou o cantor.
Buscando o quarto título de sua história, a Tijuca apostou em um enredo intitulado como É Onda que Vai É Onda que Vem Serei a Baía de Todos os Santos a se Mirar no Samba da Minha Terra. Como a atriz Juliana Alves na comissão de frente, interpretando Iemanjá, a escola deu show.
Em um determinado momento, as luzes de parte do Sambódromo se apagaram e alguns refletores do carro da comissão de frente se acenderam. A imagem aérea do desfile encantou os internautas do Twitter e mostraram que a escola deixou a sua marca neste primeiro dia.
Após um pequeno perrengue no início do desfile, quando um dos carros teve dificuldade para entrar no circuito, a escola também chamou a atenção. Com um enredo que falou sobre a valorização da liberdade de expressão, Delírios de um Paraíso Vermelho mostrou que cada pessoa constrói o seu próprio paraíso.
Os pecados capitais, representados por cada segmento da agremiação, chamou a atenção. Adão e Eva, que estavam representados pela escola, se destacaram após ficaram sobre uma fonte que encantou do início ao fim do desfile. Ao final do desfile, foi possível ouvir gritos de “É campeão”.
A primeira noite de desfiles do Rio de Janeiro foi encerrada com a Estação Primeira da Mangueira. Com o enredo intitulado como As Áfricas que a Bahia Canta, a agremiação verde e rosa destacou o protagonismo feminino e abordou questões como racismo e preconceito religioso. Os fogos de artifício coloriram o céu da Cidade Maravilhosa.
Os carnavalescos da Mangueira definiram o enredo da escola: “A Mangueira presta uma homenagem aos cortejos negros do Carnaval da Bahia, mostrando como a população negra baiana conseguiu, ao longo de mais de 150 anos, através da alegria, discutir as mazelas sociais, o preconceito religioso e dar valor à sua arte ancestral”, disse Guilherme Estevão. “E toda essa história com a mulher preta como protagonista, seja ela como Rainha, mãe de santa, deusa do ébano ou a grande voz do axé”, completou Annik Salmon.
No Twitter, muitos usuários exaltaram a apresentação da Escola de Samba e destacaram a animação da Mangueira: “Coisa de maluco, não tem ninguém cansado na Sapucaí depois que começou o desfile da mangueira”, destacou um. “A mangueira tipo: já que eu vou ser a última, eu vou servir um desfile icônico e memorável, porque, se não for para fechar com vontade, eu não venho”, escreveu outro.
Vale lembrar que o desfile das Escolas de Samba está marcado para começar às 22h, com a Império Serrano, e deve acabar entre 4h e 5h da manhã da segunda-feira (20/2). A apuração das notas será realizada na quarta, dois dias depois.
O desfile das campeãs, que traz as seis melhores Escolas de Samba do Rio de Janeiro, acontece no sábado (25/2), no sambódromo, e tem início previsto para às 22h.
Confira a programação dos defiles
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