Antes da decisão de fiscalizar o gabinete no Rio, o desembargador foi procurado pela Corregedoria para se manifestar e teria respondido que desconhecia os fatos. Os esclarecimentos não foram considerados satisfatórios, “o que caracterizou a necessidade de aprofundamento da questão, tendo em vista sua relevância e a possibilidade de violação de deveres funcionais, exigindo atuação desta Corregedoria”, afirma o CNJ.
Em setembro de 2022, um mês antes das eleições, o CNJ adotou medidas para fechar o cerco a magistrados por publicações favoráveis ou críticas, tanto sobre Bolsonaro quanto Lula.
A corregedoria proibiu que juízes e magistrados se manifestassem sobre o sistema eleitoral brasileiro nas redes sociais. Na ocasião, houve determinação para que os conteúdos, eventualmente postados, fossem retirados do ar. No mês passado, o CNJ determinou suspensão dos perfis de alguns magistrados. A lista incluiu Buhatem.
Até o fechamento deste texto, Buhatem não havia retornado os contatos da reportagem.
Este conteúdo foi originalmente publicado em CNJ decide fiscalizar desembargador que fez publicações pró-Bolsonaro e contra Lula no site CNN Brasil.