O PDT anunciou a pouco, no fim da manhã desta terça-feira (4) apoio do partido à candidatura de Luiz InĂĄcio Lula da Silva, do PT, no segundo turno das eleições para a PresidĂȘncia da RepĂșblica. Ciro Gomes, então candidato pedetista, participou e teria avalizado a decisão partidĂĄria ao 2Âș turno das eleições, mas não deu declaração ou participou do anuncio do apoio.
O anĂșncio veio após reunião da Executiva do partido no final da manhã ante que no primeiro turno, o PDT teve o ex-governador do CearĂĄ Ciro Gomes como candidato à PresidĂȘncia da RepĂșblica. Ele ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos (3%).
"Uma hora e meia de reunião com toda a Executiva Nacional do partido, mais os presidentes estaduais, os presidentes de movimentos, os deputados federais de mandato, senadores. E tomamos uma decisão unânime, sem nenhum voto contrĂĄrio, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula", afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.
O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno das eleições. Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões de votos (43,2%).
"Bolsonaro, na nossa opinião, representa o atraso do atraso do atraso desse paĂs, um aspirante a ditador, malversador do dinheiro pĂșblico, um homem da falsa fé cristã", disse Lupi. "Nosso trabalho para derrotar Bolsonaro tem que ser a prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pĂĄtria, uma causa dos democratas", completou.
De acordo com Lupi, Ciro Gomes a "endossou" a decisão do PDT de apoiar Lula no segundo turno.
"Eu falo pelo partido. Ele (Ciro) farĂĄ, participou da reunião, e disse que endossa integralmente a decisão do partido", afirmou Lupi. "O Ciro não viajarĂĄ, ficarĂĄ aqui no Brasil e jĂĄ declarou o apoio ao partido", completou.
Em 2018, Ciro foi criticado por deixar o paĂs após ser derrotado no primeiro turno das eleições presidenciais, ao invés de apoiar a candidatura do petista Fernando Haddad, que acabou perdendo para Jair Bolsonaro.
Além do PDT, Cidadania e PSDB, que estiveram ao lado de Simone Tebet (MDB) no primeiro turno da eleição presidencial, devem definir nesta terça se apoiam Lula, Bolsonaro ou se seguem neutros neste segundo turno.
Ciro fez duras crĂticas a Lula durante a campanha eleitoral. O pedetista chegou a chamar o pedido de voto Ăștil promovido pelo adversĂĄrio de "campanha fascista" e disse que o presidente Jair Bolsonaro e o petista tĂȘm o mesmo projeto econômico.
Apesar dos embates, Ciro, que ao final do primeiro turno havia pedido tempo para decidir quem apoiaria no segundo turno, deve seguir a posição do partido e vai trabalhar pela eleição do petista contra Bolsonaro.
Com informações do Portal G1