A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um parecer nesta quarta-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que defende a manutenção da prisão preventiva do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), no inquérito que o investiga sobre sua participação nos atos de 8 de janeiro. Segundo o órgão, há provas de que houve “atuação concertada” de oficiais de alta patente do órgão, com a inclusão do coronel. Preso há mais de um mês, sua detenção foi defendida por suposta interferência nas investigações. “Há investigações importantes que necessitam de aprofundamento e a liberdade, neste momento, de Jorge Eduardo Naime Barreto pode comprometê-las, considerando o alto posto que ocupou e sua liderança na corporação, o que justifica a manutenção da prisão preventiva”, afirma a PGR. Assinada pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, comandante do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o documento pede ainda que a Polícia Federal entregue, num prazo máximo de 30 dias, um relatório parcial das apurações realizadas até o momento com a inclusão do resultado das perícias nos materiais apreendidos em endereço ligado a Jorge Eduardo Naime Barreto. Sua defesa havia solicitado a revogação da prisão preventiva sob a justificativa de que o coronel havia se afastado do cargo no dia 8 de janeiro, dessa maneira não havia como ser o responsável pela execução do plano operacional de segurança que deveria proteger a sede dos Três Poderes.