Como o Painel, da Folha de S.Paulo, antecipou, o governo já vinha estudando o impacto da medida para o turismo, com a possibilidade de retomar o princípio da reciprocidade, adotado historicamente pelo Itamaraty.
A pasta comparou o ano de 2019, no qual a exigência de visto foi retirada, com o ano anterior e com 2022, quando as restrições em função da pandemia de coronavírus já haviam sido eliminadas.
No caso dos Estados Unidos, o aumento do número de turistas de 2018 para 2019 foi de 12%, saindo de 391 mil para 439 mil. Em 2022, vieram 355 mil americanos, abaixo do nível pré-pandemia.
No Japão, houve um decréscimo de 4% entre 2018 e 2019, de 59 mil para 56 mil. Em 2022, foram 16,8 mil turistas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou a revogação da necessidade do visto em março de 2019, às vésperas da viagem que faria para os Estados Unidos, para encontrar o então presidente, Donald Trump.
A isenção de visto se aplicou aos que viajam ao Brasil para fins de turismo, negócios, trânsito e atividades artísticas e esportivas. Também se estendeu para pessoas "em situações excepcionais por interesse nacional".