"Correr, hoje, é a minha preferência", disse na última segunda-feira (6), sempre com respostas convictas sobre suas prioridades. "Não foi uma escolha difícil, porque sei o que quero para mim, sei o que me motiva, e o automobilismo tem me motivado cada vez mais."
Ele estreia no domingo que vem (19), em Goiânia, na primeira etapa da Copa Truck deste ano. Ainda não está à vontade no caminhão, afinal é uma adaptação difícil, mas mostra confiança para buscar na categoria o que alcançou no kart e na Porsche Cup: competir em alto nível. A dedicação no automobilismo é total.
"Experimentei fazer as duas coisas ao mesmo tempo e vi que não é possível. Não tinha como fazer bem feito: tinha que dividir a atenção, o lado psicológico. Às vezes estava em um lugar querendo estar em outro; achava que tinha que treinar mais, mas não podia. Isso me deixava frustrado com as minhas escolhas" disse Castro, agora piloto da ASG Mercedes da Copa Truck
"HOJE VIVO PARA O AUTOMOBILISMO"
Caio Castro volta ao ar em abril, na segunda parte de "Todas as Flores", do globoplay, mas já não tem mais filmagens pela frente. Está focado nas pistas: o contrato com a ASG Mercedes é de dois anos e, além da Copa Truck, ele também disputa o Campeonato Paulista de Fórmula Vee.
O entusiasmo ficou evidente no lançamento do caminhão da Mercedes, nesta semana. Ele tratou a chegada à equipe como uma conquista da carreira, um momento especial em seus 15 anos nas pistas. "Hoje, vivo para o automobilismo", disse a certa altura.
Os pedidos por fotos são prova de que Caio Castro atrai olhares pelo sucesso como ator, mas é como piloto que ele agora quer se destacar.
"Decidi fazer uma coisa de cada vez, Esta é a minha escolha, é o que me faz feliz. Quis muito estar aqui e vou me dedicar 110%. O que posso fazer é viver minha vida de piloto, viver do que amo fazer", afirmou Castro.
NÃO IMPORTA O QUE OS OUTROS PENSAM
Um famoso no grid atrai atenção de todo tipo, inclusive negativa. Um episódio aconteceu na Porsche Cup, e Caio Castro soube. Um piloto veterano, com mais de dez anos de categoria, foi reclamar com o chefe de equipe que era injusto um ator ganhar corridas.
"O chefe da equipe perguntou para ele 'sabe ler telemetria? Então vem cá'. Imprimiu a dele e a minha. 'Em vez de você reclamar do resultado, faça o que ele fez ou melhor, que aí você fica na frente', ele falou", conta Caio Castro. "Não tenho como dizer o que as pessoas pensam de mim, mas sei o que sou e o que faço."
DO TÍTULO NO KART À ADAPTAÇÃO NA TRUCK
Caio Castro tem conquistas do currículo de piloto: em 2021 foi vice-campeão da Porsche Cup e da Endurance GT3, e no ano passado ganhou uma competição de kart amador. No caminhão, porém, tudo é diferente.
"Ainda não estou 100% adaptado, ainda falta um pouco de quilometragem", reconhece. "A grande mudança é o peso, a potência e também a maneira de guiar. Achei que seria uma coisa mais agressiva, robusta, mas é totalmente o contrário: é muito delicado, mais técnico, uma das máquinas mais sensíveis que já guiei", avalia.