O Equador soltará 100 mil mosquitos Aedes Aegypti estéreis nas Ilhas Galápagos para reduzir casos de dengue, zika e chikungunya. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (Inspi). Segundo o instituto, “a redução do mosquito transmissor no arquipélago permitirá melhorar as condições de saúde da população, evitar a transmissão de enfermidades aos turistas e reduzir o uso de produtos químicos utilizados nas fumigações”. O instituto acrescentou ainda que esta é a primeira soltura de mosquitos machos estéreis nas Ilhas Galápagos. O arquipélago é um dos patrimônios naturais da humanidade, onde seu frágil ecossistema abriga espécies de flora e fauna únicas no mundo. O trabalho foi desenvolvido durante seis anos por pesquisadores do Inspi e inclui a criação de Aedes Aegypti em laboratório, bem como sua esterilização mediante radiação. Ao liberar mosquitos sem a capacidade de fertilizar as fêmeas afeta diretamente na população da espécie, e, desta forma, reduz a transmissão da doença. As Ilhas Galápagos estão situadas a 1.000 km do litoral do Equador. Elas foram um laboratório natural de Charles Darwin, cientista inglês responsável pela teoria sobre a evolução das espécies no século XIX.