Os protestos contra o governo da França se multiplicaram neste sábado, 18. A situação piorou desde a quinta-feira, 16, quando o governo de Emmanuel Macron aprovou via decreto a reforma da previdência, mudando a idade de aposentadoria de 62 para 64. Segundo os franceses, os protestos se assemelham a revolta dos “Coletes Amarelos” de 2018. As manifestações aconteceram em várias cidades de médio ou pequeno porte espalhadas por todo território francês. No entanto, a maior mobilização aconteceu na capital Paris. Depois de duas noites de protestos na Praça da Concórdia que levaram a centenas de prisões, os manifestantes se manifestaram na Praça da Itália, ao sul da capital. Militantes sindicais e partidos de esquerda se misturaram a manifestantes que não pertenciam a qualquer organização, assim como no movimento “Coletes Amarelos” de 2018, que terminou em revolta nacional devido ao descontentamento social dos habitantes de áreas rurais e periferias das cidades.
Após duas horas de protestos marcados por gritos contra o “autoritarismo” de Macron, foram queimados contêineres e erguidas barricadas, provocando a ação da polícia, que, por sua vez, usou gás lacrimogêneo. Até o momento, as autoridades não divulgaram um balanço de feridos ou detidos neste sábado. Na segunda-feira, 20, o parlamento deverá votar duas moções de censura para derrubar o governo nomeado por Macron. Entretanto, as iniciativas não devem funcionar, caso a formação conservadora Los Republicanos mantenha a disciplina de voto que não conseguiu na quinta, quando o governo usou o artigo 49.3 da Constituição para aprovar a reforma por decreto sem ter maioria na Assembleia.
*Com informações da EFE