O anúncio veio poucas horas depois de uma reunião entre a ministra e o presidente da federação. Ela chamou a investigação de "missão de controle e auditoria". A apuração é consequência de várias denúncias de assédio sexual feitas por reportagem da revista So Foot, publicada no início deste mês.
Ao longo de seis páginas, a publicação apresenta depoimentos de diversas funcionárias da federação revelando Le Graët. Algumas já haviam deixado a entidade. A maior parte das denúncias foi anônima. Elas afirmaram que recebiam mensagens de texto inapropriadas do presidente e que viviam em um "ambiente tóxico" dentro da federação.
A federação prometeu acionar a revista na Justiça. O presidente não se manifestou publicamente sobre as denúncias.
Em comunicado, a ministra do Esporte afirmou que ouviu os comentários de Le Graët sobre as denúncias. E disse que é "imperativo que a FFF siga com suas atividades com absoluto respeito a todos os seus funcionários, independente da posição hierárquica em que atuem". Ela cobrou que a entidade "atua firmemente para prevenir e lutar contra todas as formas de discriminação e violência, incluindo violência sexista e sexual".
O presidente da FFF disse apenas que vai fornecer todas as informações necessárias à investigação e que vai trabalhar "com toda a transparência". Nesta semana, em entrevista ao jornal L'Équipe, ele descartou rumores de que poderia deixar o cargo antes do fim do seu mandato, em 2024.
"Se a minha saúde continuar estável, se eu estiver bem, não há nenhuma razão para eu parar. Eu sou muito bom no meu trabalho e todo mundo gosta de mim. Tenho sorte de ser respeitado", declarou o presidente da federação francesa.