Luiz Carlos Sanchini, encontrado morto na manhã de terça-feira (28) em um terreno baldio da Rua Florianópolis, no Bairro Jardim Imá, em Campo Grande, era investigado por pornografia infantil, chegando a ser preso no dia 26 de janeiro de 2019.
O mandado expedido contra Luiz ocorreu depois da autorização judicial da quebra do sigilo telefônico onde foi descoberto inúmeros arquivos com cenas de sexo de crianças e adolescentes. Antes do mandado ser expedido, foi registrado contra o homem boletim de ocorrência, na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no dia 6 de janeiro do mesmo ano.
No registro consta que uma adolescente de 14 anos estava sendo perseguida por Luiz através do WhatsApp que o autor conseguiu devido a menina fazer apresentações musicais. Nas mensagens enviadas para a adolescente, ele dizia que a garota era linda e chegou a mandar fotos de seu órgão genital à ela.
Na época, a adolescente chegou a bloquear o número, mas Luiz mandava mensagens de diversos outros números sempre questionando a vida amorosa da garota. Ele chegou a ligar diversas vezes para a vítima, entre os anos de 2013 e 2016.
A menina junto da mãe procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência, com os prints das conversas enviadas por ele.
Latrocínio X Câmeras de segurança
A Polícia Civil não descarta o crime de latrocínio – roubo seguido de morte –, mas o caso é investigado, a princípio, como homicídio. Luiz foi identificado no final da tarde de terça-feira (28) por meio de exame necropapiloscópico.
Câmeras de segurança da rua onde o corpo foi, provavelmente, desovado, flagraram a movimentação de um carro de cor prata durante a madrugada. Pelas imagens é possível ver quando o carro chega na rua, por volta de 1h47.
O motorista para, fica cerca de um minuto e faz manobra de retorno na via, indo em direção ao local onde Luiz foi encontrado. Depois de alguns segundos, o carro aparece novamente em alta velocidade. Não se sabe se o veículo teria envolvimento com o crime, onde o corpo foi localizado.
Só de cuecas e pés amarrados
Além de ferimentos nas costas, tórax e cabeça, o homem foi encontrado com os pés amarrados com uma camiseta, ele estava seminu, apenas de cueca. A suspeita é que a morte tenha ocorrido cerca de três a quatro horas antes. Uma idosa chegou a comentar que os cachorros não paravam de latir por volta das 2h30, mas a filha saiu para trabalhar às 3h e não havia cadáver no local.