O secretário municipal de Saúde Pública, Sandro Benites, confirmou nesta segunda-feira (03) que a morte de uma menina de três anos ocorrida no Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi mesmo por consequência da dengue. A confirmação oficial deve ocorrer somente no boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES) de quarta-feira (05).
A menina chegou ao HU já intubada e com sintomas de dengue hemorrágica no dia 29 de março. A equipe médica começou a remanejar outra criança para a internação da menina, que estava na ala vermelha, mas em poucos minutos, a criança sofreu uma parada cardíaca e hemorragia pelo duto. A paciente não respondeu às manobras de reanimação.
Dessa forma, será a nona vítima fatal da doença somente este ano em todo o Estado e a segunda de Campo Grande. A primeira foi de uma mulher de 58 anos, morta no dia 28 de fevereiro, tendo iniciado os sintomas no dia 15 do mesmo mês. A paciente não tinha nenhuma comorbidade relatada, ou seja, era uma pessoa sem histórico de doenças que pudessem agravar o seu quadro clínico. Em todo o Estado, até o último boletim da SES, oito pessoas já faleceram por consequência da dengue.
Conforme os dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria do Estado de Saúde (SES), a Capital ainda está na faixa da média incidência, quando são registrados de 100 a 300 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Entretanto, esse cenário deve mudar logo, já que muitos exames ainda estão aguardando pelo resultado laboratorial. Campo Grande tinha até o dia 25 de março 164 pacientes com suspeitas de dengue.
Secretário orienta evitar aglomerações
Ao falar com a imprensa sobre o assunto, durante a solenidade de lançamento da campanha de vacinação contra a gripe na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim Paradiso, Sandro Benites citou que a cidade está enfrentando uma epidemia de dengue e também do vírus sincicial respiratório.
Na oportunidade, ele recomendou que as famílias não recebam visitas em casa e nem levem os bebês a locais com grande aglomeração de pessoas, como shoppings, praças e feiras e também citou que os agentes de combate às endemias estão em operação desde o ano passado.
“Fizemos parceria com a Polícia Militar, com a Secretaria de Educação, onde a criança também vai ser um agente de combate a endemia. Pedimos apoio também ao Exército e essa semana nós vamos fechar com a Seronáutica, para que a gente feche todo o circuito e a população também se torne um agente de combate a endemias”, afirmou o secretário.