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Mostra de Cinema no MIS traz de volta a nostalgia dos filmes de Faroeste

Por Midia NAS em 18/04/2023 às 07:38:31

O filme conta a história do filho de humildes rancheiros que passa a idolatrar o gentil e muito hábil pistoleiro Shane (Alan Ladd). Ele, um forasteiro na cidade, ajuda o grupo de pequenos colonos a defender suas terras de capangas a serviço de um barão do gado.

O cinema Western ou faroeste começou a se tornar popular a partir da década de 1930 e se tornou um gênero recorrente em Hollywood. Muitas vezes, os filmes de estão situados em territórios inexplorados ou indisciplinados sob a ameaça latente de ataque dos índios, ou cidades sem lei, onde os bandidos aterrorizam a população.

Nos filmes de Western predominam dois tipos de ambientação: o do Oeste selvagem e o do Oeste da passagem para o século XX. Nessa segunda abordagem, pode ser citado o famoso e cultuado “Meu ódio será tua herança”, no qual aparecem algumas tecnologias em seu início, como os primeiros carros, telégrafos, locomotivas e até aeroplanos. Em Butch Cassidy, Paul Newman experimenta uma bicicleta numa cena famosa. É comum a escolha dessa segunda ambientação por parte dos diretores e artistas, com o sentido de se fazer uma analogia ao fim do apogeu do Western como gênero cinematográfico, ou mesmo o de alguns dos próprios artistas.

Mostra de Cinema no MIS traz de volta a nostalgia dos filmes de Faroeste

A Boca Filmes é um coletivo formado por ex-estudantes do curso de graduação em Audiovisual da UFMS. Desde a sua criação, em 2022, vem produzindo diversos eventos culturais na cidade de Campo Grande e está, ininterruptamente, com ciclos de cineclubes temáticos e projetos de ensino sendo realizados pela Capital. Esta já é a sua segunda parceria com o MIS.

“A cada semestre quem faz a curadoria é uma pessoa diferente, e dessa vez eu fui o responsável por escolher o recorte e os filmes”, diz João Pelosi, um dos membros do coletivo A Boca Filmes. “E essa escolha vem muito por causa da importância que o faroeste teve na minha trajetória ao longo do curso de Audiovisual. Eu entrei na faculdade com um repertório de cinema muito restrito aos filmes de shopping contemporâneos de Hollywood, e isso tornava qualquer tentativa de contato com outros cinemas, sobretudo a filmes mais antigos, uma tarefa muito demandante e desmotivadora. Foi através do Western que eu consegui quebrar essa barreira, muito porque eu descobri que esse gênero era o favorito do meu pai e do meu avô. Lembro até hoje do dia que meu avô, durante as férias do fim do ano, pediu para eu procurar um Bang-Bang na Netflix para a gente ver. Era o meu primeiro ano do curso e encontrei lá o “Sete homens e um destino”. Foi uma experiência muito boa e nós nos divertimos bastante com as sequências de ação. Dali para a frente, assistir a faroestes virou, então, um momento em que eu me aproximava mais da minha família enquanto conhecia mais sobre cinema”.

“E este cineclube surge daí. O objetivo dele é apresentar o gênero através de obras importantes de diversas épocas, estilos, países e diretores para tentar fazer com que os espectadores compartilhem pelo menos um pouquinho do meu apreço pelos bang-bangs”, finaliza João.

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