"Não estava nos planos vir aqui com essa cara de derrota, apesar do meu time ter ganhado, mas passei por um episódio da minha vida que achei que não fosse passar. Estava driblando muito, mas chegou o dia que sofri a minha primeira homofobia pesada. Foi de uma forma que me deixou muito mal e com muita raiva", iniciou Gabô.
"Estava no Maracanã, na semifinal do jogo da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo, e estava tudo ótimo. Quando a gente estava saindo do estádio, todo mundo cantando e pulando? Tinha uma pessoa atrás de mim. E ouvi a seguinte frase: "Ainda bem que não vi nenhum gay no jogo de hoje". Travei. A minha namorada do meu lado. Ouvi e fiquei calada. Poucos segundo depois, ele começou a me chamar de sapatão. Na sexta vez que ele me chamou, olhei para ele e perguntei: "Você está falando comigo?". E ele falou: "Não, não? É o pé do meu primo que é muito grande". Eu falei: "Ah tá" e ele não parou até eu dobrar a direita e desabar no choro", continuou a humorista.
Logo depois, ela confessou que não conseguia descrever o que sentiu no momento. "Eu, grande desse jeito, me transformei numa formiga, estava impedida de fazer qualquer coisa porque poderia ser pior e só conseguia chorar. Se pudesse proteger vocês todos LGBTs que me seguem, eu o faria porque não desejo a ninguém a dor que senti", disse.
A influenciadora digital ainda fez questão de enfatizar que o Flamengo, seu time de coração, não tem nada a ver com a atitude do torcedor: "O Flamengo não tem nada a ver com isso. Ele não controla qual a pessoa que vai torcer por ele. Tem pessoas de caráter duvidoso, que infelizmente estão lá marcando presença no estádio".
Nesta sexta-feira, mais calma, Gabô Pantaleão voltou a rede social e disse, por meio dos stories, que estava se sentindo melhor. "Só não estou cem porcento. Estou sentindo minha energia baixa, sugada. Não sei o que está acontecendo, mas amanhã vou tomar um banho de mar, para lavar a alma. Mas estou superbem. Cheguei em casa, estou em Maceió, já vi minha família e é isso", falou.