O momento em que o suspeito abraça a vĂtima à força foi registrado por câmeras de segurança.
A vĂtima procurou a polĂcia para denunciar a importunação sexual e o médico foi preso com ajuda da PM, segundo a PolĂcia Civil.
O suspeito também foi demitido da UBS, informou a Prefeitura de Adrianópolis nesta sexta-feira (12).
A polĂcia descobriu uma série de passagens policiais do médico, inclusive por crimes sexuais, após a denĂșncia da enfermeira, segundo a PolĂcia Civil.
"O indivĂduo possui antecedentes criminais por homicĂdio, outro assédio sexual, furto e violĂȘncia doméstica.", disse o delegado MĂĄrio Bradock, em nota divulgada pela PolĂcia Civil do ParanĂĄ.
Além de confirmar a demissão do médico, a Prefeitura de Adrianópolis informou que "se coloca ao lado da profissional de saĂșde ofendida". A identidade do médico não foi divulgada.
A violĂȘncia sexual contra a mulher no Brasil
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o nĂșmero foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o AnuĂĄrio Brasileiro de Segurança PĂșblica. Em 58% de todos os casos, a vĂtima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerĂĄvel, um outro tipo de violĂȘncia sexual.
Como denunciar violĂȘncia sexual
VĂtimas de violĂȘncia sexual não precisam registrar boletim de ocorrĂȘncia para receber atendimento médico e psicológico no sistema pĂșblico de saĂșde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrĂȘncia em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possĂvel da data do crime.
Em casos flagrantes de violĂȘncia sexual, o 190, da PolĂcia Militar, é o melhor nĂșmero para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denĂșncias, mas não casos em flagrante, de violĂȘncia doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vĂtima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vĂtimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrĂcia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissĂvel, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prĂĄtica, nem todos os hospitais fazem o atendimento.