"Quando você fica fora de uma competição sente dor, igual torcedor, igual todos os jogadores. Temos que continuar trabalhando e melhorando. Não conheço nenhum treinador que tome decisão tentando fazer mal para o time. Se temos jogador com desconforto e vocês não sabiam disso, é porque não vou passar informação para o outro time. Depois vem a explicação. Eu não desarmei um time entrosado e saquei o melhor jogador de campo, mas posso me equivocar e em algum momento pode acontecer", explicou Coudet.
"O torcedor pode dar seu protesto. Eu estou muito confiante no meu trabalho. Devo estar aqui porque acham que sou um bom treinador. Só posso trabalhar no dia a dia e dar o melhor para o time e a melhor condição para cada jogador. O grupo está forte", continuou o treinador
Na metade da entrevista coletiva, quando os protestos começaram a ser citados na terceira pergunta consecutiva, Coudet interrompeu o jornalista. "Ganhamos o clássico, era sobre isso que eu queria falar para vocês. Acabamos de ganhar um clássico muito importante. Desculpa, mas se quiser trocar a pergunta, não vou falar mais sobre o que aconteceu."
Na sexta-feira, o treinador foi alvo de protestos de um grupo de torcedores ao chegar na Cidade do Galo. Coudet chegou a ouvir que não era bem-vindo no Atlético. A insatisfação surgiu com a derrota para o Corinthians na Copa do Brasil, após ter vantagem de 2 a 0. Hulk, autor de um golaço contra o Cruzeiro, começou no banco contra o Corinthians, o que também causou incômodo.
"Continuar trabalhando é o que posso fazer e tentar dar algo melhor. Preciso olhar para frente, não para o que não podemos corrigir. Temos que ter a cabeça no jogo de terça, é muito importante. Recuperar o elenco e nada mais", disse Coudet. O Atlético agora visitará o Alianza Lima pela Libertadores, na próxima terça-feira.
O Atlético-MG dormiu na vice-liderança do Brasileirão, com 17 pontos, a quatro do líder Botafogo. O time mineiro poderá ser alcançado por Palmeiras, São Paulo e Grêmio no complemento da nona rodada.