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Veja como decisão da Petrobras pode afetar os preços dos combustíveis e o seu bolso

Arábia Saudita anunciou redução na produção do bem, o que pressiona o valor do barril; em maio, estatal anunciou o fim da paridade internacional A política de preços dos combustíveis da Petrobras passou por mudanças em maio.

Por Midia NAS em 09/06/2023 às 09:11:26

Porém, não é o que diz Felipe Coutinho. Ele é engenheiro químico e vice-presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras).

"A Petrobras pode praticar preços menores que os paritários de importação (PPI) e se manter lucrativa e altamente rentável. Seus custos são muito menores que os preços paritários de importação. A estatal pode abastecer todo mercado brasileiro, com preços justos e competitivos, muito menores que o PPI, sendo altamente lucrativa", afirma ele.

À reportagem, a petrolífera alegou que não "antecipa decisões" sobre eventuais reajustes "por questões concorrenciais". Leia a íntegra do posicionamento da empresa:

A partir da aprovação da estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina, a Petrobras passou a ter mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores.

Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com sua sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado.
Por questões concorrenciais, a Petrobras não antecipa suas decisões sobre manutenção ou reajustes de preços.

O que era o PPI

O PPI era a política que atrelava os preços dos combustíveis repassados pela Petrobras à cotação desses produtos no mercado internacional.

Ou seja, se o óleo encarece ou o dólar (principal moeda no exterior) se valoriza em relação ao real, a estatal dava a ordem, em forma de reajuste, para que fique mais caro encher o tanque no Brasil.

Ela foi implementada em 2016 pelo então presidente da companhia, Pedro Parente. Ele foi indicado ao cargo pelo chefe do Executivo da época, Michel Temer.

O PPI era criticado por economistas e políticos mais à esquerda. Felipe Coutinho, por exemplo, classifica a ferramenta como:

"Inédita, arbitrária e lesiva ao interesse nacional, desde sua criação. O anúncio do fim dessa política de preços precisa corresponder à prática para ter nosso reconhecimento".

Já figuras à direita elogiavam a medida. Para eles, o PPI era o que impedia a Petrobras de arcar com o prejuízo na venda dos combustíveis.

"Ou nós pagamos o preço da gasolina ou nós vamos pagar para resolver a dívida da Petrobras, assim como fizemos no passado", avalia Rodrigo Saraiva.

Fonte: R7

Tags:   Economia
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