Danilo Alves Vieira da Silva, de 19 anos, apontado como autor dos disparos e esquartejamento do jogador de futebol Hugo VinĂcius Skulny, de 19 anos, em Sete Quedas, cidade a 468 km de Campo Grande, mentiu em seu depoimento na delegacia de PolĂcia Civil. Na ocasião, havia sido chamado para depor na investigação sobre o desaparecimento de Hugo.
O depoimento, ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, aconteceu no dia 28 de junho, trĂȘs dias após Hugo ser visto pela Ășltima vez, enquanto a polĂcia ainda investigava o desaparecimento. No depoimento, Danilo mentiu ao dizer que havia deixado a festa em que Hugo foi visto pela Ășltima vez com seu pai.
Após a polĂcia encontrar o corpo de Hugo esquartejado e passou a investigar o caso como homicĂdio e ocultação de cadĂĄver, ele começou a ser investigado pela envolvimento no crime, jĂĄ que foi apontado pela ex-namorada da vĂtima como o responsĂĄvel pelos tiros que mataram Hugo.
Na noite desta quarta-feira (05), após a perĂcia encontrar sangue no sĂtio da famĂlia de Danilo, foi expedido mandado de prisão contra o rapaz, que Ă© considerado foragido da Justiça. A PolĂcia Civil divulgou foto do suspeito e nĂșmero para contato para que a população possa colaborar com informações que levem ao paradeiro dele.
Danilo mentiu para a polĂcia. Ele contou que na noite de sĂĄbado (24) foi para uma festa no posto com seu pai em uma caminhonete Hilux e que teria deixado o local na companhia do pai. Disse que neste dia estava brigado com sua namorada.
Contou ainda que, naquela noite, viu Hugo na festa e se cumprimentaram. No relato, disse que nunca havia conversado ou brigado com Hugo, mas que a vĂtima tinha ciĂșmes dele, porque Danilo teve um breve relacionamento com a ex-namorada do jogador.
Consta ainda no depoimento do autor, que a vĂtima estaria sob efeito de drogas, muito alterada, alĂ©m de perceber um 'volume' na cintura da vĂtima. Danilo disse à polĂcia que teria ouvido comentĂĄrios de que o jogador estaria armado.
Por volta das 4h30, relatou ter ido embora da festa com seu pai na caminhonete e dormiu, acordando por volta das 13h. Disse que seu primo compareceu na festa, mas foi embora antes.
O depoimento diverge tanto do relato da ex-namorada do jogador, quanto do amigo dela que estavam estava na casa e teria ajudado a colocar o corpo do jogador no veĂculo após o primeiro disparo. Os dois estão presos.
Com uma história confusa contada pela ex-namorada na delegacia, ela acabou mudando a versão dos fatos e, em um novo depoimento, contou que na noite do dia 24 de junho foi atĂ© uma festa com amigos do lado paraguaio. JĂĄ na manhã do dia 25, ela e o autor do crime voltaram para a sua residĂȘncia, na companhia de um amigo.
O amigo foi para um dos quartos enquanto ela e o autor foram para outro quarto, onde mantiveram relações sexuais. Ela contou que momentos depois, Hugo invadiu a sua casa e entrou repentinamente em seu quarto a chamando de "vagabunda", nisto o autor se levantou.
Os dois foram atĂ© a frente da residĂȘncia e a ex-namorada estava junto quando o autor fez o disparo contra Hugo, que caiu na calçada. O amigo que estava na casa se levantou e assustado teria questionado o que havia ocorrido. Em seguida, o autor mandou que o rapaz o ajudasse a colocar Hugo na carroceria do carro da jovem.
Ele ainda teria mandado que todos ficassem calados e não contassem nada a ninguĂ©m. Hugo ainda respirava quando foi colocado no carro. A frente da calçada foi lavada pela jovem.
O amigo que estava na casa no momento do assassinato disse que, após o crime, a ex-namorada de Hugo ficava mandando mensagens para ele e apagando em seguida, afirmando que era para ficar quieto. O padrasto e mãe da jovem tambĂ©m mandaram que ele não contasse nada a ninguĂ©m.
Em depoimento, o amigo revelou que ficou em choque quando viu que o "ficante" da ex-namorada de Hugo havia matado o jogador de futebol com um tiro. Ele disse que após desovar o corpo junto do autor o arremessando no rio, o "ficante" teria pegado a mangueira da propriedade e lavado a carroceria do veĂculo da jovem, jĂĄ que ficou suja de sangue.
Depois, ele lavou a grama que tambĂ©m ficou suja de sangue e, logo em seguida, os dois voltaram em direção à casa da jovem. O trajeto durou em torno de 10 minutos, segundo o amigo. Após isso, quando foi deixado em casa pela ex-namorada de Hugo, que estava acompanhada do padrasto e da mãe dela, foi avisado por todos que era para ficar quieto e não falar nada sobre o crime.
Ainda segundo o depoimento do amigo, no dia seguinte, a jovem mandou mensagens dizendo a ele: "Se ele (autor) for contra nós iremos contra ele". Em seguida, mandou outra mensagem afirmando que se ele contasse alguma coisa a alguĂ©m, ela atiraria nele. O amigo ainda disse que a jovem mandava as mensagens e depois apagava.
Mas, ele contou que acabou revelando sobre o crime para um outro amigo. Ele falou que jogaram o corpo de Hugo inteiro no rio e que não sabe como o corpo apareceu esquartejado, e que não viu o autor colocando nada amarrado para que Hugo afundasse no rio.
Danilo, suspeito de matar Hugo VinĂcius Skulny, de 19 anos, teve o mandado de prisão expedido em seu nome na noite de quarta-feira (5), em Sete Quedas. O jovem não foi encontrado pela polĂcia e passa a ser considerado foragido.
De acordo com a PolĂcia Civil, foi disponibilizado o nĂșmero (67) 3479-1480 para que a população possa fazer denĂșncias anônimas que levem ao paradeiro do autor.
Após o desaparecimento do jogador, familiares registraram o boletim de ocorrĂȘncia, e durante as investigações vĂĄrias pessoas foram ouvidas e uma testemunha levou a polĂcia neste fim de semana atĂ© o rio, onde partes do corpo de Hugo foram encontradas.
O jogador de futebol foi visto pela Ășltima vez em uma festa, no municĂpio vizinho de Pindoty Porã, no Paraguai. Informações são de que o rapaz foi morto em uma propriedade rural, esquartejado e teve as partes do corpo jogadas no rio. Hugo jogava pelo time da cidade de Sete Quedas em torneios estaduais.