De acordo com o encarregado, as vendas se mostram bem positivas, com abertura de novos clientes atacadistas. “A expectativa é que com a nova fábrica, que está em construção, conseguiremos alcançar vendas em mais estados”, complementa.
Criada em 1979 pelas mãos do cearense Antônio Barbosa de Lucena, a Donana conta hoje com 210 funcionários e possui sua própria logística para atender todo Mato Grosso do Sul. A indústria douradense produz molho shoyu, ketchup, maionese, atomatados, tempero completo e especiarias, totalizando 900 toneladas por mês.
“O caminho para o sucesso não foi fácil, pois a empresa encontrou muitos obstáculos e resistência. Os supermercados costumavam dar preferência aos produtos de São Paulo, mas a persistência e a qualidade dos produtos da Donana abriram caminho para o reconhecimento e a recepção no mercado”, ressalta.
A Imbaúba Laticínios também trilhou um caminho semelhante, de perseverança e foco na qualidade dos produtos, como conta a diretora administrativa-financeira, Silvana Gasparini Pereira. “A nossa matéria-prima é exclusivamente o leite in natura, captado em todo o Estado. São mais de 500 produtores entre pequenos, médios e grandes, vindos também de cooperativas e assentamentos”, apresenta a diretora.
Silvana explica que entre a safra e entressafra, a captação é em média de 50 a 60 mil litros/dia. A produção fica em Bandeirantes (filial), a 60 Km de Campo Grande, onde se localiza a matriz da empresa.
“Estamos em constante processo de melhorias e ampliação da Empresa. Neste ano, automatizamos todo o processo de fabricação da muçarela. Investimos também no soro concentrado. Esse produto tem sido cada vez mais valorizado pois é bastante usado na produção de sorvetes, leite em pó, whey, bolachas, biscoitos, chocolates e tantos outros”, comenta a empresária.
O produto carro-chefe da Imbaúba é a muçarela, com três apresentações (em barra, fatiada e ralada). Mas, a empresa produz outros 15 produtos: leite pasteurizado homogeneizado, doce de leite tradicional e com chocolate, manteiga com sal e sem sal, nata, creme de leite, bebidas lácteas (vários sabores), coalhada em garrafas, queijo minas frescal, ricota,queijo coalho em barra ou fracionado, requeijão cremoso e culinário e soro concentrado.
“Nossos produtos vão além do Estado, indo para o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Acre, Tocantins e Rondônia”, diz a diretora.
A iniciativa de construir um laticínio veio do agrônomo Edgar Rodrigues Pereira, como uma tentativa de agregar valor ao leite in natura produzido em sua fazenda recebida em herança de seu pai. “Eu, como sua mulher e mãe dos nossos três filhos, logo abracei a causa e passamos a trabalhar juntos rumo a conquista desse projeto. A empresa iniciou suas atividades em outubro de 1992, trabalhando com o leite pasteurizado e muçarela, tendo como mercado principal a cidade de Campo Grande. Paulatinamente, fomos diversificando novos produtos”, acrescenta a diretora Silvana.
A empresa já foi premiada por três vezes no Concurso Nacional de Lácteos (Expolac), de Juiz de Fora (MG), sendo duas vezes com o doce de leite e uma com o queijo parmesão. E em 2003, recebeu o Prêmio Finep de inovação, na região Centro-Oeste, com um software com banco de dados sobre pagamento vinculado a quantidade e qualidade do leite recebido, de forma individualizada.
“A Imbaúba continua sendo uma empresa familiar e genuinamente sul-mato-grossense, com vontade de honrar o nome do nosso Estado em todo o território brasileiro. Governança é olhar para a frente. Planejar é decidir para onde ir. Queremos seguir, com muito respeito ao meio ambiente e a sociedade”, conclui a diretora.