Empresa alega que nenhuma arma é vendida sem registro e a idoneidade do comprador é investigada pela PF e Exército

A empresa Federal Armas, em Dourados, alvo de ação deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (25), alega que a operação foi uma medida desnecessária e desproporcional, e que até o momento a defesa não teve acesso ao mandado de busca e apreensão em razão do nível de sigilo.

A empresa Federal Armas, em Dourados, alvo de ação deflagrada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (25), alega que a operação foi uma medida desnecessária e desproporcional, e que até o momento a defesa não teve acesso ao mandado de busca e apreensão em razão do nível de sigilo.

Em nota de esclarecimento postado nas mídias sociais, a empresa informou que, “nenhuma arma foi comercializada sem a apresentação do certificado de registro (CR) e que a competência sobre a idoneidade e regularidade do comprador é feito pelo Exército e Polícia Federal, não tendo a empresa vendedora qualquer atribuição de verificar a regularidade de documentação de quem adquiriu.

A delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo Dracco, informou durante a ação que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em razão da empresa comercializar armamentos de forma irregular e, inclusive, abastecer criminosos.

A Federal Armas, em nota, ainda alegou que, “em nenhum momento alguém da empresa e seus representantes foram chamados a prestar qualquer depoimento, sendo certo que o Ministério do Exército instaurou procedimentos administrativos para apurar vendas após a data de 5 de setembro de 2022, nos quais a empresa está apresentando as defesas e justificativas, motivo pelo qual a ação desencadeada hoje é precipitada”.

A empresa ainda informou que, “sempre colaborou e colabora com as autoridades colocando-se à disposição para qualquer esclarecimento, não se justificando, exceto por apreço midiático, o fechamento de ruas e convocação da imprensa para cumprir a medida, causando danos irreversíveis imagem e honra de pessoas, em investigação ainda inicial”.

Logo após a ação, a delegada concedeu entrevista à imprensa local. Ela informou que durante investigação verificou-se que diversos fuzis foram negociados por valores extremamente baixos, indicando ainda sonegação fiscal.

No caso mais grave identificado, conforme a ação, foi constatada que um dos fuzis vendidos na loja foi negociado com um criminoso que contava com mandado de prisão em aberto com condenação a cumprir de 24 anos pelo crime de tráfico de drogas nacional e internacional, sendo, inclusive preso recentemente na cidade de Balneário Camboriú/SC, na posse do fuzil calibre 5,56, adquirido na empresa alvo da operação, bem como, ainda na posse de duas pistolas 9mm e um revólver calibre .357, munições, além de mais de R$ 40 mil reais em espécie.

Empresa alega que nenhuma arma é vendida sem registro e a idoneidade do comprador é investigada pela PF e Exército