Um grupo de cientistas afirma que as ondas de calor extremo na Europa e nos Estados Unidos, registradas nas últimas semanas, são consequência de atividades humanas – e estão se tornando cada vez mais frequentes.
A pesquisa destaca que neste mês de julho, as ondas de calor atingiram diversas partes do hemisfério norte – com temperaturas ultrapassando os 50ºC em algumas áreas, na China e nos Estados Unidos. Na Europa, algumas regiões também bateram recordes de temperatura – como a Catalunha, na Espanha, que registrou o dia mais quente da história no dia 18 de julho: mais de 45ºC.
Os pesquisadores destacam que esses eventos extremos foram acentuados pelas mudanças climáticas no planeta. O estudo é conduzido por um grupo formado por pesquisadores de diferentes instituições — incluindo o Imperial College, de Londres.
Eles apontam que, se não fosse pela queima de combustíveis fósseis, esses eventos seriam extremamente raros. Na China, por exemplo, ocorreriam uma vez a cada 250 anos, e praticamente impossíveis de acontecer no sul da Europa.
Consequências para população
Além disso, o estudo também evidencia que as consequências do calor excessivo já estão tendo impactos significativos na população. Apenas no ano passado, mais de 60 mil europeus morreram por consequências do calor excessivo.
Os cientistas ressaltam que quase nenhuma nação está preparada pra lidar com os impactos das mudanças climáticas, e cobram ações urgentes para o enfrentamento dessas vulnerabilidades.