O projeto de lei que aumenta o salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), de R$ 21.263,62 para R$ 35.462,22 a partir de 1º de janeiro de 2023 foi retirado de pauta na Câmara de Vereadores, de acordo com o presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).
O texto havia sido proposto pela mesa diretora do legislativo da capital. Carlão justificou que o projeto de lei foi retirado para ajustes. Segundo ele, a matéria pode voltar a tramitar ainda neste ano, visto que o projeto está parado na Câmara desde 2019.
O presidente reitera que o que "pesa" a favor da tramitação é o fato de o salário de mais de 500 servidores estar atrelado ao subsídio da prefeita. Portanto, segundo ele, o reajuste desses servidores depende desta proposta.
Além do reajuste no montante da prefeita, a proposta quer aumentar o subsídio para outros cargos:
- Vice-prefeito(a): de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80 (cargo vacante atualmente);
- Secretários municipais: de R$ 11.619,70 para R$ 30.142,70.
Inflação como justificativa
Apontando a inflação como motivo para o aumento de quase 70% no salário, a proposta diz que não houve aumento no subsídio nos últimos oito anos.
"Vale lembrar que, naquele ano de 2012, o subsídio do Prefeito já se encontrava defasado em 72%, pois já não vinha sendo concedido os devidos reajustes inflacionários. Naquela oportunidade (2012) o reajuste do subsídio foi 33%, considerando passar de R$ 15.882,00 para R$ 20.412,42, faltando uma reposição de 39% e assim permaneceu até 2019, quando sofreu ínfimo reajuste de 4,17%, representando a quantia de R$ 21.263,62 que conserva-se até a presente data, ou seja, dez anos praticamente sem reajuste e 18 anos amargando a corrosão do seu salário pela inflação", detalha o texto.
De acordo com a proposta, a inflação acumulada nesses últimos dez anos (2013 a 2022) é de 76,70%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.
G1 MS