O Maracanã é administrado em parceria entre Fluminense e Flamengo e o Vasco já havia brigado para receber o Palmeiras no palco via Justiça. Na segunda rodada do Brasileirão a decisão foi favorável, mas desta vez parece que o clube sairá derrotado. O Fluminense havia reclamado de o jogo ser no local, já que vai fazer duelo das quartas de final da Libertadores no meio da próxima semana com o Olimpia e não gostaria de "atuar em um gramado castigado."
Depois de sair vencedor em primeira instância alegando que o estádio do Maracanã é um bem público, o Vasco agora lamenta que a decisão seja desfavorável. O clube vinha jogando em São Januário com portões fechados por punição da CBF em briga da torcida, e queria casa cheia na volta do torcedor às arquibancadas.
"O Vasco da Gama recebeu com surpresa e indignação a decisão do desembargador André Luiz Cidra, proferida na noite desta quarta-feira, revertendo a decisão da primeira instância que autorizava o Vasco a mandar seu jogo contra o Atlético-MG, no próximo domingo, no Estádio do Maracanã", lamentou o clube, que não poupou os rivais.
"Pela decisão em vigor, no momento o Vasco está na inédita e absurda situação de se ver impedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) de jogar no Maracanã, assim como proibido de receber seus torcedores no seu próprio estádio de São Januário", protestou. "A insistência de Flamengo e Fluminense, em verdade, não prejudica apenas o Vasco, mas também expõe o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Justiça Desportiva, a Casa Civil, a FFERJ, a CBF, além de empresas privadas que fazem as manutenções do Maracanã. Tal insistência expõe, ainda, o futebol e a sociedade carioca."
Por fim, fez um apelo para que a decisão seja revertida. "A partida Vasco x Atlético-MG tem enorme apelo de público pela tradição, pela amizade e pelas circunstâncias das duas equipes na competição. Os torcedores do Vasco recepcionarão os torcedores do Atlético-MG de braços abertos no Rio, para mais uma festa em celebração à amizade e ao futebol", afirmou. "Lamentamos profundamente o ocorrido e continuamos a acreditar na justiça e no futebol, razão pela qual faremos todo o esforço que estiver ao nosso alcance para que este absurdo não prevaleça."