"Estamos perto de soltar um edital de R$ 7 milhões para fomentar clubes e associações"
Mato Grosso do Sul deverá investir R$ 7 milhões em projetos esportivos para fomentar clubes e associações de pequeno porte.
Mato Grosso do Sul deverá investir R$ 7 milhões em projetos esportivos para fomentar clubes e associações de pequeno porte. Essa informação veio do titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Marcelo Miranda, que é o entrevistado desta semana do Correio do Estado.
De acordo com o secretário, o repasse englobará projetos que têm pouca visibilidade e de áreas de vulnerabilidade social. "É um edital que terá várias linhas de financiamento, para comunidades indígenas, quilombolas, para as comunidades em locais de vulnerabilidade social, priorizando pequenos projetos esportivos e até projetos de alto rendimento", explicou.
O secretário, que comanda uma pasta com atribuições em cultura, esporte e turismo, também fez um balanço sobre o Festival de Inverno de Bonito, que foi realizado na semana passada, e projetou o Festival América do Sul, em Corumbá.
Este ano, o Festival de Inverno de Bonito demorou mais do que o normal para divulgar suas atrações e gerou até uma certa expectativa se seria realizado ou não. A troca de comando do evento contribuiu para essa demora?
Sem dúvidas. Eu fui nomeado dois meses antes do Festival de Inverno de Bonito. Então, na verdade, a gente teve pouco mais de dois meses para colocar em prática o que estava programado. Então, realmente, houve uma série de complicações em função dessa troca de comando.
Como a secretaria avalia a presença de público no Festival de Inverno de Bonito? Foi acima do esperado?
Foi, foi acima do esperado. Na verdade, correspondeu à nossa expectativa, a gente tinha uma expectativa entre 80 mil e 100 mil pessoas em Bonito, e então atendeu a expectativa positivamente. Foi bem próximo dos 100 mil que a gente tinha expectativa, em função das alterações que a gente fez. As interações tecnológicas, o Festival Bonitinho, que foi uma grande acertada, pois, além de ter shows específicos para as crianças, tinha várias atividades, lazer, skate, atividade física, brincadeiras e pinturas o dia inteiro.
E a gente conseguiu levar para lá alguns shows, como Mundo Bita e Palavra Cantada, que mexem com uma geração. Havia muitos pais que viram os filhos crescerem ouvindo aquelas músicas. Então, realmente foi muito legal. Considerando essas alterações que a gente fez no festival, a roda-gigante, o balão, todos esses atrativos contribuíram para termos essa resposta positiva do público.
Este ano, o festival trouxe dois grandes nomes, a IZA e o Emicida, que estão em muita evidência. A gente pode esperar isso também nos próximos anos?
Sem dúvida. Certamente, nós faremos nas próximas edições. Nós já fizemos uma reunião de avaliação dos pontos positivos e negativos. Essa questão da diversidade dos shows foi uma questão importante. Tivemos Emicida, tivemos Fafá de Belém, tivemos Trio Parada Dura, que foi um sucesso, impressionante no domingo até. Essas alterações, como o Festival Bonitinho e as interações tecnológicas, deram supercerto, certamente a gente vai manter para os próximos anos.
A ideia é essa, e a gente investiu muito na questão da ambientação, da cenografia, a questão da roda-gigante, a questão do balão, que são atrativos, e a gente teve a preocupação de criar uma cenografia para que a pessoa se sentisse encantada com aquele ambiente.
Então, a gente percebeu pessoas passeando pela praça entre um show e outro, entre uma atração e outra, curtindo aquele momento. Essa é uma das coisas que a gente quer investir muito e criar um ambiente que seja agradável para o passeio, para atingir diversas faixas etárias e a valorização da família.
O governo retomou este ano um pedido antigo dos campo-grandenses, que era a realização dos shows no Parque das Nações Indígenas. Que motivos levaram à criação do MS ao Vivo e quais atrações podemos esperar para os próximos meses?
O antigo projeto MS Canta Brasil ficou na memória das pessoas, foi um projeto marcante e a gente sempre recebeu essa solicitação. Com a elaboração do nosso plano estadual de economia criativa, a gente resolveu lançar o MS ao Vivo, que é uma repaginação do MS Canta Brasil. O MS ao Vivo tem alguns pilares, entre eles, oferecer à população um show nacional gratuito no cartão-postal que é o Parque das Nações Indígenas. Um outro pilar é aproveitarmos para abrir espaço para jovens promissores da nossa música. Então, a gente já fez com Karla Coronel, com o Vozmecê, que são bandas que estão começando, então, a gente abre a possibilidade de esses músicos terem um público significativo.
E a economia criativa, a ideia é que a partir desses eventos a gente consiga trabalhar a questão da gastronomia, do artesanato, para a gente gerar renda para a população. Essa é uma preocupação muito grande.
Foi uma união de ações, a oportunidade de negócios e de gerar renda para a população com essa expectativa que ela tinha do retorno desses shows lá no parque, e surpreendeu a gente. Foi uma coisa impressionante, nós não esperávamos tanta gente, tanto que na segunda edição nós puxamos o palco mais para trás, para caber mais gente. E completamente lotado, um cálculo de 15 mil pessoas nas duas edições.
E está previsto já para o dia 10 show do Rubel, que é um fenômeno, um garoto ganhador do Grammy Latino. Simone em outubro e Criolo em novembro.
Depois do Festival de Inverno de Bonito, o próximo grande evento será o Festival América do Sul, em Corumbá. Já há data prevista para ele começar? Poderia adiantar algumas atrações que estarão no evento?
O Festival América do Sul ocorrerá no fim de outubro, começo de novembro. A princípio, está agendado entre 26 e 29 de outubro. E a ideia também, assim como a gente fez em Bonito, é ter uma repaginação em cima desses quatro pilares, como o governo é, a gente quer que os festivais nossos sejam verdes, digitais, inclusivos e prósperos.
E estamos já trabalhando intensamente, soltamos o edital agora, saiu na quarta-feira e estamos trabalhando na formatação já. Não podemos adiantar ainda nenhuma atração porque nós estamos vendo a disponibilidade dos artistas, fechando o cachê, mas vão ser quatro dias de show, nossa proposta é de uma interação bem forte com a Bolívia, com o Paraguai, que é a proposta original do Festival América do Sul.
Esses festivais podem ajudar o Estado e os municípios a fortalecer também a cadeia de turismo?
Sem dúvidas. Inclusive, teve duas grandes alterações que a gente fez nessa gestão, uma é a entrada da Secretaria de Estado de Comunicação na organização e a Fundação de Turismo. Foi uma realização conjunta da Cultura, do Turismo e do Esporte.
O Esporte ficou responsável pelo Festival Bonitinho, com a parte da criançada. A Fundtur nós temos uma preocupação grande quanto à participação dela, porque entendemos que esses festivais são um grande produto para a gente vender Mato Grosso do Sul para outros estados e outros países.
Desta vez ainda de uma forma rápida, porque nós tivemos pouco tempo, e com essas alterações que a gente fez no Festival de Bonito, essa questão da cenografia, da roda-gigante, do balão, a gente pretende colocar o Festival como um dos principais do Brasil, que tem como objetivo a valorização da nossa cultura e a geração de fluxo turístico. A gente tem uma preocupação muito grande em gerar renda para os empresários, para a população. Então, eu acho que é fundamental a participação ativa da Fundtur, como já teve, vai ampliar, para a gente utilizar isso como um produto.
Durante esses anos todos, a Fundtur e a Secom nunca haviam participado da organização do festival, esse é um grande diferencial, em que você melhora a comunicação e realmente utiliza o festival como um atrativo para aumentar o fluxo turístico.
Mudando de assunto, a Pasta também é responsável pelo esporte. Como o governo pretende investir nas modalidades para a formação de atletas profissionais?