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Lula confirma Fufuca e Costa Filho nos ministérios, demite Ana Moser e remaneja Márcio França

O governo Lula oficializou, no início da noite desta quarta-feira, 6, a reforma ministerial que vinha se arrastando há meses.

Por Midia NAS em 06/09/2023 às 20:57:18
Foto: Reprodução internet

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O governo Lula oficializou, no início da noite desta quarta-feira, 6, a reforma ministerial que vinha se arrastando há meses. Os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumem, respectivamente, os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos. Com isso, a ex-atleta Ana Moser deixa o Esporte, enquanto o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) será remanejado para o Ministério das Micro e Pequenas Empresas, que será criada. Na prática, o anúncio oficializa a entrada do Centrão no primeiro escalão da administração petista. A ideia é garantir ao Planalto mais votos, em especial na Câmara dos Deputados, onde PP e Republicanos têm, respectivamente, 49 e 41 deputados. Fufuca e Costa Filho devem tomar posse após o retorno de Lula da reunião do G20, na Índia.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira (6/9) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Rep-Pernambuco). Os deputados foram convidados, respectivamente, para os ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, e aceitaram o convite. A nomeação e posse serão realizadas no retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da reunião do G20. O ministro Márcio França assumirá a nova pasta das Micro e Pequenas Empresas", diz nota divulgada pelo Planalto.

A novela envolvendo o ingresso do Centrão no governo Lula se arrastou pelos últimos meses e foi marcada por idas e vindas. No início das tratativas, o presidente da República atuou para blindar os ministérios da Saúde, de Nísia Trindade, e do Desenvolvimento Social, sob o comando de Wellington Dias, da cobiça das legendas. Uma das alternativas colocadas na mesa, então, foi criar o Ministério da Pequena Empresa, hoje uma secretaria subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Esta hipótese foi refutada pelas legendas, uma vez que o órgão tem pouco orçamento e um número reduzido de cargos. A exigência por uma pasta turbinada, inclusive, desencadeou a articulação para a transferência da Secretaria das Apostas Esportivas para o Esporte. Além disso, nos últimos dias, o PP passou a pleitear a criação de quatro novas secretarias, para destinar emendas parlamentares – uma delas trataria de jogos eletrônicos.

O efeito colateral da reforma ministerial é a queda de mais uma mulher do primeiro escalão do governo. Com a troca no Ministério do Esporte, Ana Moser se junta a Daniela Carneiro como segunda mulher a deixar a Esplanada. Deputada federal pelo União Brasil do Rio de Janeiro, Carneiro foi substituída pelo também deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) no Ministério do Turismo. A parlamentar era tida como um nome da cota pessoal de Lula (Daniela Carneiro apoiou Lula nas eleições, e o entorno do petista avalia que a atuação da congressista e de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, foi fundamental para conter o avanço do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o eleitorado da Baixada Fluminense). Por outro lado, Sabino é um nome chancelado pela bancada do União Brasil, que, mesmo ocupando três pastas da administração federal, alegava que os ministros não representavam as bancadas – os ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional) são apadrinhados pelo ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (AP).

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