Média do IPCA em Campo Grande segue abaixo da nacional
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Campo Grande segue abaixo da nacional.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Campo Grande segue abaixo da nacional. Enquanto que na capital sul-mato-grossense, o IPCA acumula alta de 3,07% no ano e, nos últimos 12 meses de 3,98%, a média nacional está em 4,61%.
Campo Grande possui a terceira menor taxa acumulada nos últimos 12 meses entre as capitais pesquisadas, com alta de 3,98%, atrás apenas de São Luís/MA (3,35%) e Rio de Janeiro/RJ (3,47%).
Em relação aos índices regionais, quatorze das dezesseis áreas apresentaram alta em agosto. A maior variação foi em Fortaleza (0,74%), em função das altas nos preços da gasolina (4,98%) e da energia elétrica residencial (2,76%). Já a menor variação foi registrada em Belo Horizonte (-0,08%), influenciada pelas quedas de 16,41% nas passagens aéreas e de 9,09% em ônibus urbano.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza | 3,23 | 0,17 | 0,74 | 3,62 | 4,50 |
Brasília | 4,06 | 0,34 | 0,68 | 3,34 | 5,56 |
Belém | 3,94 | 0,26 | 0,63 | 3,52 | 5,23 |
Rio Branco | 0,51 | 0,31 | 0,44 | 2,86 | 4,71 |
São Luís | 1,62 | 0,05 | 0,43 | 1,39 | 3,35 |
Recife | 3,92 | 0,40 | 0,36 | 3,31 | 5,16 |
Aracaju | 1,03 | 0,26 | 0,34 | 3,87 | 5,16 |
Vitória | 1,86 | 0,04 | 0,31 | 3,46 | 5,03 |
Curitiba | 8,09 | 0,28 | 0,29 | 3,53 | 4,59 |
Campo Grande | 1,57 | -0,12 | 0,27 | 3,07 | 3,98 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,53 | 0,24 | 3,60 | 4,93 |
São Paulo | 32,28 | -0,02 | 0,22 | 3,33 | 4,74 |
Salvador | 5,99 | 0,25 | 0,17 | 3,44 | 4,41 |
Goiânia | 4,17 | 0,16 | 0,12 | 2,35 | 4,11 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,03 | -0,04 | 2,47 | 3,47 |
Belo Horizonte | 9,69 | -0,16 | -0,08 | 3,22 | 4,71 |
Brasil | 100,00 | 0,12 | 0,23 | 3,23 | 4,61 |
Para o economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos, o cenário de inflação mais baixa, aliada à situação de pleno emprego que Campo Grande vive, ajudam a melhorar as perspectivas para a economia municipal para os próximos meses.
"Após meses de políticas monetárias rígidas por parte do Banco Central os preços começam a desacelerar, se situando dentro da meta estabelecida pelo próprio Banco, de 3,25% ao ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima, o que permitiu ao Banco Central realizar o primeiro corte na taxa básica de juros (SELIC), para 13,25% ao ano na última reunião trazendo otimismo aos setores produtivos. A super safra no campo também tem ajudado a manter os preços de diversos itens da cesta básica em queda ou estáveis".
Mês de Agosto
Se analisarmos apenas o mês de agosto, o IPCA teve alta – a taxa está em 0,27%, 0,39 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de julho (-0,12%). Este foi o primeiro mês que o IPCA aumentou, após dois meses seguidos de queda. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,39%, influenciada pela desoneração dos combustíveis.
Período | Taxa |
Agosto de 2023 | 0,27% |
Julho de 2023 | -0,12% |
Agosto de 2022 | -0,39% |
Acumulado do ano | 3,07% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 3,98% |
O resultado de agosto foi decorrente principalmente por Habitação (1,06%), influenciada pela alta em energia elétrica residencial (3,66%), Artigos de Residência (0,99%), impactado por mobiliário (1,95%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,45%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,97%). Também pressionaram positivamente as altas em Transportes (0,84%), Educação (0,78%), Despesas pessoais (0,34%), Vestuário (0,31%) e Comunicação (0,11%). Apenas o item Alimentação e bebidas (-1,50%) registrou recuo no mês.
Grupo | Variação (%) | |
Julho | Agosto | |
Índice Geral de Campo Grande | -0,12 | 0,27 |
Alimentação e bebidas | -0,04 | -1,50 |
Habitação | -1,08 | 1,06 |
Artigos de residência | -0,36 | 0,99 |
Vestuário | -0,83 | 0,31 |
Transportes | 0,43 | 0,84 |
Saúde e cuidados pessoais | -0,03 | 0,97 |
Despesas pessoais | 0,33 | 0,34 |
Educação | 0,03 | 0,78 |
Comunicação | 0,00 | 0,11 |
A queda do grupo Alimentação e bebidas (-1,50%) deve-se, principalmente, ao recuo nos preços de tubérculos, raízes e legumes (-10,80%), aves e ovos (-4,56%), hortaliças e verduras (-3,88%) e carnes (-3,59%). Já alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,08%.
Em Habitação (1,06%), grupo com a alta mais expressiva, destaca-se o aumento em energia elétrica residencial (3,66%), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior, e reparos (1,31%).
Em Transportes (0,84%), o resultado foi influenciado pelo alta nos preços dos combustíveis (1,52%).
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,97%) foi influenciado por produtos ópticos (2,35%) e serviços médicos e dentários (1,42%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 29 de agosto de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 28 de julho de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.