O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, apresentou um projeto no qual prevê a alocação de R$ 34 milhões oriundos do Governo Federal para garantir, pelos menos, para os próximos 10 a 15 anos, o abastecimento das famílias que sofrem com a falta de água na Reserva indígena de Dourados, formada pelas aldeias Bororó e Jaguapiru.
A proposta prevê ações para garantir o abastecimento das cerca de 6.000 famílias que sofrem com a falta de água, mas a decisão final cabe à Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), junto aos organismos do Governo, como o Ministério da Saúde e o Ministério dos Povos Originários, responsáveis pela saúde e saneamento e o cuidado com os povos indígenas no país.
Barbosinha esteve na semana passada com técnicos da Coaep (Coordenação de Análise e Elaboração de Projetos de Infraestrutura e Saneamento) da Sesai, o coordenador Matheus Fabricio Dias Pereira de Faria, e o chefe do Dsei (Distrito de Saúde Especial Indígena) em Mato Grosso do Sul, Arildo Alves Alcântara, para apresentar o estudo que foi coordenado por ele.
Segundo o vice-governador, esse projeto é esforço do Governo de MS para auxiliar a União a resolver a falta de água potável que atinge a reserva, onde moram mais de 20 mil pessoas. "É preciso deixar bem claro que essa responsabilidade não cabe ao Estado, estamos agindo como uma instância de colaboração com o Governo Federal”, ressaltou.
Na oportunidade, ele elogiou a atuação da Sesai no Estado. “É bom frisar, também, o trabalho gigantesco que é realizado pela reduzida equipe da Sesai no atendimento às comunidades indígenas em todo o território sul-mato-grossense e o que a gente percebe é que nem mesmo a própria União tem a exata dimensão do tamanho desse problema", disse Barbosinha.
O Governo de Mato Grosso do Sul espera agora por uma posição do Governo Federal para dar andamento ao projeto. "Não é só aqui, mas nas 48 comunidades indígenas que tem problemas de abastecimento de água, queremos solucionar no conjunto dessas comunidades", afirmou o governador Eduardo Riedel ao ser abordado pela imprensa na terça-feira (26).
Enquanto isso, a Sanesul tem proporcionado com que caminhões-pipa garantam o fornecimento de água, duas vezes por dia, para minimizar o problema nas aldeias. "Com esse calor de 40 graus, na média, a que estamos submetidos nos últimos dias, queremos solucionar a questão no conjunto dessas comunidades", reforçou Riedel.