O francês Pierre Agostini, o austríaco-húngaro Ferenc Krausz e a franco-sueca Anne L’Huillier são os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2023 por suas pesquisas sobre o deslocamento dos elétrons dentro dos átomos e das moléculas. “As contribuições dos laureados permitiram os estudos de processos que são tão rápidos que antes eram impossíveis de acompanhar”, disse o Comitê Nobel, acrescentando que os físicos foram premiados por “métodos experimentais que geram pulsos de luz de attossegundos para o estudo das dinâmicas do elétron na matéria”, explicou o júri. O attossegundo representa para o segundo o que o segundo representa para 30 bilhões de anos. O trio “demonstrou uma forma de criar pulsos extremamente curtos de luz que podem ser usados para medir os processos rápidos nos quais os elétrons se deslocam ou mudam de energia”, acrescentou o júri. Os vencedores vão dividir 11 milhões de coroas suecas (quase US$ 1 milhão, equivalente a R$ 5 milhões, na cotação atual) e receberá o prêmio das mãos do rei Carl XVI Gustaf da Suécia, em uma cerimônia em Estocolmo em 10 de dezembro, data da morte em 1896 do criador do prêmio, Alfred Nobel.
Pierre Agostini é professor da Ohio State University (Estados Unidos). Ferenc Krausz é diretor do Instituto Max Planck na Alemanha. Anne L’Huillier, apenas a quinta mulher a receber o Nobel de Física desde sua criação em 1901, é professora na Universidade Lund da Suécia. “Estou muito emocionada (…) Não há muitas mulheres que recebem este prêmio, então é muito, muito especial”, disse L’Huillier, que recebeu a ligação da Real Academia Sueca de Ciências durante uma aula. “Foi difícil terminar a aula”, admitiu. A semana do Nobel prossegue na quarta-feira com o prêmio de Química. Na quinta-feira será anunciado o vencedor de Literatura e na sexta-feira o Nobel da Paz. Na próxima segunda-feira, 9, o prêmio de Economia encerra a temporada. Na segunda-feira, 2, o Nobel de Medicina foi atribuído à húngara Katalin Karikó e ao americano Drew Weissman por estudos que possibilitaram o desenvolvimento as vacinas de RNA mensageiros, cruciais na luta contra a covid-19.
Os vencedores do Nobel de Física da última década
*Com informações da AFP