Ely Silveira está no aeroporto de Tel Aviv e não sabe quando vai conseguir sair do país. Movimento islâmico armado atacou Israel neste sábado (7) e deixou centenas de mortos e milhares de feridos. Há 48 horas em aeroporto, advogado de MS não sabe quando vai conseguir sair de Israel
O brasileiro Ely Silveira vive momentos de angústia e incertezas em Israel ao presenciar o conflito entre israelenses e palestinos, iniciado após o ataque do grupo extremista Hamas. O advogado está preso no aeroporto de Tel Aviv há 48 horas, ainda sem saber quando vai conseguir sair do país.
"Estou no aeroporto há 48 horas, sem saber como vai ser. A situação do país é bem crítica, mas aqui no aeroporto está tranquilo. O último alarme que teve foi ontem à noite, eu estava na área de embarque e mandaram todos entrarem dentro das lojas, que tem os lugares mais seguros para se afastar dos vidros, só que não aconteceu nada".
Brasileiro está preso há 48 horas no aeroporto de de Tel Aviv, em Israel
Ely Silveira
Ao g1, o Ely relatou que os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país, região em que ele estava minutos antes dos ataques começaram. O advogado conta que descobriu que o país estava sendo atacado quando chegou ao aeroporto de Tel Aviv, o maior do país.
Natural de Mato Grosso do Sul, Ely estava em Israel para visitar familiares.
"Estava no sul de Israel, que foi muito atacada pelos terroristas do Hamada, inclusive com prédios e hospitais atingidos, pessoas desaparecidas. Eu saí antes dos ataques começarem, acredito que 30 minutos antes, quando soube já estava no aeroporto. A gente não sabe o que vai acontecer, a gente fica apreensivo com uma possível piora".
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O brasileiro esperava sair de Tel Aviv, capital de Israel, neste sábado (7), mas o voo foi cancelado após os ataques do grupo islâmico. "A gente espera que a situação melhore logo, que o povo de Israel e da Palestina possam viver em paz".
Entenda o conflito
Israel declara guerra após ataque do Hamas; entenda
O conflito entre Israel e o Hamas entrou no segundo dia neste domingo (8). O grupo extremista islâmico armado Hamas bombardeou Israel em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. O conflito já dura mais de 70 anos.
O último balanço das autoridades indica que ao menos 977 pessoas morreram, sendo 600 em Israel, 370 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Há milhares de pessoas feridas.
Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza, em Israel, em 7 de outubro de 2023
REUTERS/Amir Cohen
Novas explosões foram reportadas na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo, pelo horário local, e foram se intensificando ao amanhecer.
O conflito entre Israel e a Palestina mistura política e religião e já se estende há décadas, tendo deixado milhares de mortos e feridos em ambos os lados. Milhares de foguetes foram lançados e os militares de Israel afirmaram que vários terroristas se infiltraram no território israelita a partir da Faixa de Gaza.
Palestinos assumem o controle de tanque israelense depois de cruzar a fronteira de Israel com Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.
Said Khatib/AFP
O grupo Hamas reivindicou o ataque e afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território. Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra.
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