Quem faz o protesto ?
A reportagem apurou que o bloqueio está sendo organizado pelo MPL (Movimento Popular de Luta), que pede o fortalecimento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Eles afirmam que o órgão está “sucateado” há anos com redução de servidores diante da demanda.
O movimento quer que o setor de obtenção de terras seja recriado para garantir agilidade nos processos de vistorias e desapropriação de áreas improdutivas. A todo tempo, os manifestantes gritam “Reforma agrária quando? Já!”.
Os ditos então trabalhadores rurais sem-terra voltaram a realizar protestos em Mato Grosso do Sul pela retomada da reforma agrária, suspensa pelo Brasil desde o final do então segundo governo de Dilma Rousseff em meados de 2016, após o processo de Impechemant. Desde 2014 que nenhuma família é assentada em MS e, de acordo com o Incra, pelo menos cinco mil estão na fila de espera por um lote de terra. Até hoje, 29.600 famílias foram assentadas.
O Movimento Popular de Luta (MPL), que tem seis acampamentos no Estado, se caracteriza por ser um movimento paralelo ao MST, o mais tradicional e radical movimento em defesa da reforma agrária no País. Desde sua fundação, o MPL se expandiu em vários municípios e hoje se diz o maior movimento de massas do Mato Grosso do Sul.
Recentemente, uma vitória do movimento está para ser consolidada na cidade de Anaurilândia, que pode receber o primeiro assentamento oficializado pelo governo Lula e está organizado pela bandeira do MPL.
Em julho deste ano, ao passar por Campo Grande, o atual Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, prometeu retomar os assentamentos para solucionar conflitos. Teixeira ressaltou que novos assentamentos devem ser feitos dentro da lei e de acordo com a constituição.
MST
Já na rodovia estadual MS 141, de Navirai para Ivinhema, há uma manifestação reivindicando Reforma Agraria, mas sendo organizada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).