"A nossa gestão está comprometida e sensível com as necessidades da população. Entendemos que temos que ampliar o acesso das pessoas aos serviços de saúde e oportunizar que elas tenham um atendimento de qualidade", diz.
Ela lembra ainda que a iniciativa não apenas ajuda a enfrentar a crise atual de saúde mental, mas também representa um passo significativo em direção a uma comunidade mais saudável e resiliente. "Ao abrir esta unidade, demonstramos o nosso compromisso real com o bem-estar dos cidadãos e, ao mesmo tempo, reconhecemos a importância de fornecer uma rede de apoio vital para aqueles que lutam contra a dependência química", complementa.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, além dos 10 leitos, serão ofertados diversos outros atendimentos e serviços, como psicoterapia, atividades culturais e de lazer, entre outros, garantindo o tratamento das pessoas que moram nas regiões do Imbirussu, Anhanduizinho e Lagoa com funcionamento 24h de forma ininterrupta. As demais regiões permanecerão atendidas pelo CAPS já existente.
"Quando assumimos a Sesau, sabíamos que um dos maiores desafios seriam os problemas de saúde mental. Por isso, nos comprometemos com a gestão municipal em ter um cuidado especial para a área. Já entregamos CAPS, novos leitos, trabalhamos diariamente a prevenção e realizamos mutirão em saúde mental. Tudo isso, contando com o trabalho maravilhoso da nossa equipe", disse o secretário.
Ele destaca que além do tratamento, a unidade tem como objetivo promover a reinserção social do usuário através de ações intersetoriais, sobretudo na educação, trabalho, saúde e lazer. "Também pretendemos fortalecer os laços com familiares e comunitários, uma vez que, em muitos casos, o rompimento dessas relações resulta em uma dependência ainda maior das substâncias e até mesmo a vulnerabilidade do indivíduo, que pode ficar em situação de rua", pondera.
A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial do município, a médica psiquiatra Gislayne Budib, enfatiza que a necessidade da ampliação dos serviços voltados a este público é cada vez mais evidente em meio ao aumento preocupante no número de pessoas lutando contra o vício em substâncias como álcool e drogas.
" Este aumento não só representa um desafio significativo para os indivíduos e suas famílias, mas também tem impactos negativos em toda a sociedade. O aumento do consumo de substâncias pode levar a uma série de problemas, desde problemas de saúde física e mental até questões sociais como desemprego, criminalidade e desintegração familiar", comenta.
Ela ressalta que ter uma unidade especializada focada no tratamento de dependentes químicos é crucial para fornecer suporte e cuidados dignos a essas pessoas.
"A nova unidade não apenas oferecerá tratamento, mas também será um centro de esperança e recuperação, onde indivíduos podem encontrar o apoio de que precisam para superar seus desafios e reintegrar-se à sociedade de maneira saudável. O esforço para criar um ambiente de apoio e recuperação é vital para construir uma sociedade onde todos os cidadãos tenham a oportunidade de levar vidas produtivas e significativas. Com essa nova unidade em operação, Campo Grande está dando um passo importante em direção a um futuro mais saudável e esperançoso para todos", conclui.
O espaço conta com estrutura de atendimento completa e equipe multidisciplinar formada por profissionais de diversas especialidades, como médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, administrativos, entre outros.
Homenagem
O CAPS A.D recebeu o nome da ex-conselheira de saúde e ativista Márcia Gomes de Moraes, a Márcia Zen, falecida no dia 23 de abril de 2021. Familiares e amigos de Márcia estiveram presentes durante a solenidade de inauguração da unidade que a homenageia e perpetua o seu legado de luta e dedicação em prol do Sistema Único de Saúde (SUS).
A coordenadora da mesa diretora do Conselho Municipal de Saúde, Cleonilce Alves, lembrou da luta e dedicação de Márcia Zen, sobretudo em prol da inclusão durante suas décadas de atuação como militante e membro do Conselho de Saúde.
Estrutura da Rede
Com a inauguração da nova unidade, a Rede de Saúde Mental do Município passa a ser composta por 7 CAPSs, sendo 4 CAPS III, 2 CAPS A.D IV, 1 CAPS Infanto Juvenil, 2 Unidades de Acolhimento (uma infantil e outra adulta) e 4 Residências Terapêuticas. Todas as unidades funcionam 24 horas por dia, com média de 1300 consultas ambulatoriais de saúde mental e 2 mil atendimentos nos CAPS por mês.
Somente a Rede Municipal possui 110 leitos para atendimentos de pacientes com problemas psiquiátricos ou usuários de álcool e drogas. Além da estrutura própria, o Município conta com 12 leitos contratualizados no Hospital Regional para atendimento de pacientes álcool e droga, 36 no Hospital Nosso Lar para atendimento de pacientes com transtornos psiquiátricos.
Fonte: Ascom PMCG