Outras quatro pessoas morreram por causa da queda de árvores, sendo uma em Osasco, uma em Suzano, municípios da Grande São Paulo; e duas na zona leste da capital paulista. Também houve óbito em Limeira, por desabamento de um muro, e em Santo André, devido à queda da parede de um prédio.
A velocidade dos ventos na sexta-feira, segundo a Defesa Civil, chegou a 151 quilômetros por hora (km/h) em Santos, a partir de informações da administração portuária. Na capital paulista, as rajadas chegaram a 103,7 km/h, recorde dos últimos cinco anos.Foram atendidos cerca de 100 chamados para desabamentos em todo o estado, em ocorrências com danos em muros, casas e destelhamentos de imóveis. As Defesas Civis estadual e municipais e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em 40 cidades. Até o momento, não há previsão de novas tempestades e vendavais para os próximos dias.
Pelo menos 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana. O número preliminar refere-se aos clientes da Enel, concessionária que atua nessas localidades. Na tarde de ontem (4), 600 mil usuários já estavam com o serviço restabelecido. Muitas áreas seguem desabastecidas. A estimativa da Enel é que na terça-feira (7) toda a rede esteja recomposta.
A queda da rede elétrica também impacta o fornecimento de água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pediu economia aos consumidores até que a situação se normalize. "A falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequentemente, o abastecimento de água em diversas regiões", informou em nota.
Na manhã deste domingo (5), seguem sem energia, afetando o abastecimento, as seguintes localidades: São Mateus, Itaquera, Vila Mariana, Vila Clara e Capão Redondo e, também nas cidades de Itapecerica da Serra, Cotia, Osasco, Barueri, Guarulhos, Taboão da Serra, Biritiba Mirim e Suzano.
Outras localidades tiveram a energia restabelecida, mas os reservatórios ainda estão em recuperação. São elas: Santo André, Mauá, Diadema, Itaquaquecetuba, Guaianases, Americanópolis, Vila Clara, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Jd Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Santa Etelvina, Cidade Tiradentes e Morumbi, em São Paulo.
"Até a normalização total de todo sistema, é recomendável que os clientes façam uso consciente da água e priorizem o uso para higiene e alimentação", orienta a companhia.