Mane Díaz foi sequestrado no final de semana passado, junto de Cilenis Marulanda Molina, sua mulher e mãe do atacante, na cidade colombiana de Barrancas. Cilenis foi resgatada pela polícia após ser deixada em uma zona rural, mas Mane não foi liberado. Ao descobrir que o sequestro foi realizado por membros do ELN, o governo colombiano formou um gabinete de crise e divulgou um comunicado exigindo a libertação. O ELN respondeu com uma nota classificando o sequestro como "um erro" e prometeu libertar o sequestrado, mas diz que ainda não ofez por causa das "operações militares" empreendidas pelas autoridades na região onde a unidade do grupo guerrilheiro atua. "Manteremos a nossa palavra de libertá-lo unilateralmente, assim que tivermos garantias de segurança para o desenvolvimento da operação de libertação", diz o ELN.
O sequestros de familiares de jogadores de futebol já ocorreu no Brasil, no fim dos anos 1990 e começo de 2000. Veja alguns casos:
ROBINHO
O caso de Luís Díaz não é o primeiro entre jogadores de futebol. O crime foi recorrente entre os boleiros na virada do século. O primeiro a ganhar repercussão no Brasil aconteceu em 2004, quando a mãe de Robinho foi sequestrada, no dia 7 de novembro, durante um churrasco com amigos na Praia Grande, no litoral paulista. Ela ficou 40 dias sob o poder dos bandidos em cativeiro e foi libertada após o pagamento de R$ 200 mil. O atleta vivia grande fase naquela época e não entrou em campo durante o período. Atualmente, Robinho tenta evitar uma prisão no Brasil após ser condenado na Itália pelo estupro de uma jovem de 23 anos.
GRAFITE E LUÍS FABIANO
Comentarista do SporTV e da Globo, o ex-jogador Grafite viveu momentos de tensão após ter a mãe sequestrada, em 2005, quando ainda jogava no São Paulo. Ela acabou sendo libertada pelos bandidos 26 horas depois, sem o pagamento de resgate, depois que a polícia encontrou o local do cativeiro.
Naquele mesmo ano, Luís Fabiano, ex-São Paulo e então no Porto (POR), também teve a mãe raptada por bandidos. Ele é natural de Campinas. Ela ficou 64 dias como refém em Mairinque, no interior paulista, e foi resgatada por forças policiais.
RICARDO OLIVEIRA
O caso mais chocante entre jogadores no Brasil aconteceu em 2007, com a mãe do atacante Ricardo Oliveira, ex-Santos e que atuava pelo Milan na época do crime. Maria de Lourdes foi raptada dentro da própria casa e ficou cerca de cinco meses sob o poder dos sequestradores, em diferentes locais de cativeiro. A Polícia Civil chegou a levantar a hipótese de que a mãe do jogador estivesse morta pela falta de informações, mas uma denúncia anônima ajudou na localização da vítima e ela foi salva sem a necessidade do pagamento de resgate.
TÉVEZ
Fora do País, um dos episódios de maior repercussão aconteceu em 2014, quando o pai do argentino Carlos Tévez foi vítima de um sequestro relâmpago, na Região Metropolitana de Buenos Aires. Os três homens responsáveis pelo crime pediram um alto valor para o resgate ao descobrir de quem se tratava o homem, mas cerca de nove horas depois acabaram liberando o pai do atleta, que na época jogava na Juventus.
RIQUELME
Quando começou a despontar com a camisa do Boca Juniors, o meia argentino Juan Riquelme sofreu um baque ao ter o seu irmão Cristian sequestrado, em 2002, e levado para um cativeiro a mais de 15 quilômetros de Buenos Aires. Ele foi libertado após 48 horas depois de a família realizar o pagamento do resgate, estimado em US$ 150 mil pela imprensa local.
WILSON PALACIOS
O caso mais triste da lista fica por conta do jogador hondurenho Wilson Palacios. O atleta havia acabado de se transferir para o Birmingham, da Inglaterra, em 2007, quando o seu irmão Edwin foi sequestrado. O resgate chegou a ser pago, mas a vítima nunca foi libertada pelos sequestradores. Dois anos depois, os restos mortais do Edwin foram encontrados pela polícia.