A previsão é de ventos de aproximadamente 75 km/h, nesta quarta (8) e quinta-feira (9). Essa velocidade é suficiente para derrubada de galhos de árvores e dificulta que uma pessoa caminhe normalmente, por exemplo.
O órgão estadual paulista recomenda que se evite a prática de esportes aquáticos, como surfe, ou influenciados pelo vento, como modalidades à vela.
Apesar dos alertas de vento, há previsão de chuva apenas para sexta-feira (10) na Baixada Santista e no litoral norte paulista.
No Rio de Janeiro, a Marinha afirma que o vento forte será provocado por um sistema de alta pressão que deverá atingir a faixa litorânea entre Arraial do Cabo e São João da Barra.
No fim de semana, por causa de uma ressaca no mar, ondas gigantes invadiram ruas em Ipanema, na zona sul do Rio.
A Marinha havia emitido aviso de ressaca com previsão de ondas de até 3,5 metros entre domingo (5) e segunda-feira (6).
Para esta quarta e quinta, porém, o Centro de Hidrografia diz que não há previsão para formação de ressaca.
"A direção do vento [vindo de nordeste] não é favorável à formação de ressaca, pois não gera ondas perpendiculares à costa", afirma a Marinha, em nota.
A altura prevista das ondas junto à costa fluminense não deve passar de 2 metros.
PROBLEMAS CONTINUAM
O estado de São Paulo ainda se recupera do forte vendaval da última sexta-feira (3) -em Santos, na Baixada Santista, foram reportadas rajadas de até 151 km/h.
O vento forte provocou quedas de árvores e e de de estruturas em Santos, entre elas a cobertura de um posto de combustíveis na esquina do canal 6 com a avenida da Praia.
Na região metropolitana de São Paulo, cerca de 30,2 mil imóveis ainda continuam sem energia elétrica por causa do apagão iniciado na sexta-feira, quando a tempestade atingiu o estado.
Isso significa que aproximadamente que pouco mais de mil imóveis -entre residências e comércios- enfrentam o segundo dia útil da semana às escuras. Fato que tem gerado indignação, prejuízo e protestos. A queda de árvores por causa do vento forte destruiu redes elétricas.
Segundo a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista, cerca de 3.000 profissionais de empresa estão trabalhando nas ruas.
"Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual", afirma.
Apenas na sexta-feira, o Corpo de Bombeiros afirmou ter recebido 1.281 chamados para quedas de árvores na capital e na região metropolitana.
Nesta terça, os bombeiros e a Defesa Civil confirmaram a oitava morte em decorrência das chuvas no estado: uma pessoa que foi atingida por uma árvore na sexta-feira em Ibiúna (a 69 km de São Paulo), estava internada e não resistiu.
Das oito mortes, cinco foram provocadas por quedas de árvores.
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