Cerca de 30 alunos do oitavo ano do ensino fundamental, entre 12 e 15 anos de idade, trouxeram as majestosas construções para o presente e futuro, introduzindo aplicabilidades dentro do contexto da vida moderna.
Os antigos e sólidos casarões acumularam, no passado, as funções de armazéns, depósitos de peles, escritórios, casas bancárias, consulados, entre outras. Nesta época, a população era de aproximadamente 10 mil habitantes, sendo quase metade composta por imigrantes, em sua maioria, negociantes e empresários.
A arte educadora Vanessa Basso, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, que ministrou a oficina, explica que a proposta é preservar os bens materiais, imateriais e naturais na região da cidade de Corumbá. "Esta conscientização é muito importante porque são as crianças e adolescentes que vão reproduzir durante a vida e dentro da comunidade que o patrimônio cultural é aquilo que nos representa, que conta a nossa história, características da comunidade e da memória cultural", garante.
Para a educadora, preservar esses bens é valorizar a vivência humana. É a primeira vez que a oficina acontece durante o Festival.
O jovem Nathã Costa Dias do Nascimento, de 15 anos, revelou que incluiria, na sua proposta para nova funcionalidade dos casarios, um projeto de museu para relembrar a história da cidade e da Guerra do Paraguai. "O Festival ainda proporciona conhecer novas culturas dos nossos vizinhos latinos", acrescentou o estudante.
Para a diretora da Escola, Lucimari Sara das Neves, a iniciativa da oficina incentiva os alunos a pensarem. "O Festival é encantador, a cultura é enriquecedora. Muitos alunos não teriam a chance de assistir fora da cidade shows e outras atrações e gratuitamente", comentou.