Entre os pedidos, da defesa de Christian Campoçano, está a retirada da acusação de estupro e das qualificadoras de motivo fútil e meio cruel, anulação de depoimentos e que seja feita uma nova audiência. Defesa de padrasto pede que acusado de matar e estuprar criança seja absolvido e não vá a júri popular
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A defesa de Christian Campoçano, suspeito de matar e estuprar a enteada Sophia Ocampo de dois anos, apresentou nesta terça-feira (14) alegações finais sobre o acusado.
Entre os pedidos, está a retirada da acusação de estupro e das qualificadoras de motivo fútil e meio cruel, a anulação de depoimentos, uma nova audiência e também a solicitação que o réu não seja submetido a júri popular.
Anulação de atos
Na audiência de instrução, que aconteceu no dia 28 de setembro, tanto Christian quanto Sthepanie de Jesus, mãe da vítima, permaneceram em silêncio quando questionados pelo juiz se gostariam de responder as perguntas formuladas pelo magistrado.
Ambos optaram por permanecer em silêncio sob a justificativa de que ainda havia conteúdo a ser anexado aos autos e, sem o conhecimento do que seria, não poderiam tecer autodefesa.
Eles se referiam a perícia feita nos celulares deles que ainda não estava concluída. O relatório ficou pronto no dia 31 de novembro. No entanto, para os advogados do réu, só agora a audiência de instrução poderia ser feita, por isso pedem que todos o trâmite processual realizado após o fim de setembro seja anulado e uma nova audiência de instrução seja marcada.
Depoimento
A defesa pediu também para que seja anulado o depoimento de Cybelle Amaral, amiga de Stephanie. Segundo os advogados, nas perguntas que respondeu, a jovem disse que o autor dos abusos sexuais seja de fato Christian e contou que a amiga não era feliz ao lado do companheiro.
Para a defesa do réu, no depoimento a testemunha emitiu opinião e não apenas relatou o que viu e o que não viu no caso. Sendo assim, deve ser desconsidero como prova.
"Não há que se falar em narrativa essencial ao fato, pois a pergunta foi diretamente sobre o 'achismo' da testemunha quanto ao fato imputado ao Christian, neste processo nenhuma prova foi produzida contra o mesmo, nenhuma outra testemunha foi capaz de atestar ou comprovar a autoria do mesmo".
Absolvição
Os advogados requisitaram também que Christian fosse absolvido da acusação de estupro, tendo em vista que "o material genético encontrado é de outro homem", além de que "a ruptura himenal teria acontecido há mais de 21 dias da data do falecimento".
E, na hipótese de não haver absolvição integral da acusação de assassinato, que ele não vá a júri popular.
Relembre o caso
Sophia morreu em janeiro deste ano, quando tinha apenas dois anos e sete meses, vítima de violência física e sexual. Uma perícia realizada nos celulares dos acusados, mãe e padrasto, revelou uma rotina de agressão não só a menina, mas também ao filho mais velho de Christian, criança fruto de relação anterior.
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