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Operação mira grupo em Amambai vencedor de R$ 78 milhões em contratos

A operação “Laços Ocultos” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta quinta-feira (16) em Amambai, também cumpriu mandados de busca e apreensão em Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC.

Por Midia NAS em 16/11/2023 às 11:49:25

A operação “Laços Ocultos” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta quinta-feira (16) em Amambai, também cumpriu mandados de busca e apreensão em Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC. A todo, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 44 mandados de busca e apreensão.

Políticos, servidores públicos e empresários estariam envolvidos num esquema de licitação fraudulenta que passa de R$ 78 milhões. Ao menos um vereador está entre os alvos de prisão – Valter de Brito (PSDB), líder do prefeito Edinaldo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB). O prefeito, entanto, não está envolvido. Secretários municipais de Amambai e servidores ligados ao setor de licitação também são investigados.

A investigação iniciada pela 1ª Promotoria de Justiça de Amambai, e desdobrada pelo GECOC, apura a existência de organização criminosa voltada para a prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos, e lavagem de dinheiro. Dentre os alvos estão dois vereadores, quatro secretários municipais, servidores públicos e empresários.

Segundo levantamentos do Gaeco, vinculado ao MPE (Ministério Público Estadual) a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas que possuem como objeto a contratação de obras e serviços de engenharia no Município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais.

Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente pelo corpo técnico, detectaram superfaturamento e inexecução parcial, assim como análise realizada por órgão técnico do Ministério Público identificou pagamento de propina das empresas integrantes do grupo criminoso em benefício de agentes políticos e servidores públicos municipais responsáveis pela fiscalização das obras.

A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Força Tática, todos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Laços ocultos, termo que dá nome à operação, decorre do oculto vínculo apurado entre os investigados.

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