Uma das caminhonetes que atolou durante a passagem pelo Chaco Paraguaio na expedição da RILASan Salvador de Jujuy (Argentina): Duas caminhonetes atoladas. Veículos andando em alguns trechos a 10 quilômetros por hora para fugir dos buracos e das más condições da estrada vicinal e quase cinco horas de viagem para atravessar pouco mais de 110 quilômetros no Chaco Paraguaio, no último trecho no país da mega estrada que vai ligar o Brasil ao Chile, passando ainda pela Argentina. Esse foi o resumo do terceiro dia da expedição da Rota da Integração Latino-Americana (RILA), promovida pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS). A comitiva conta com empresários, autoridades e representantes de instituições de ensino e pesquisa, e faz um verdadeiro test drive na rota e vai apresentar suas conclusões no 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio, que deverá reunir autoridades das quatro nações no dia 29 de novembro, em Iquique, no ChileNeste domingo o grupo saiu de Loma Plata, no Paraguai e percorreu mais de 110 quilömetros até a cidade de Mariscal Estigarribia, chegando até o canteiro de obras da pavimentação de mais um trecho da bioceânica no país. O roteiro original da expedição previa, seguir a partir daí por um trecho ainda não pavimentado, mas já licitado da estrada de cerca de 230 quilômetros.Entretanto, fortes chuvas na região, de mais de 110 milímetros nos últimos dois dias, deixaram esse segmento da estrada quase intransitável, provocando, inclusive o atolamento de dois caminhões. Seguindo a orientação de autoridades locais, os organizadores da expedição decidiram utilizar um caminho alternativo, seguindo mais 227 quilômetros por estrada asfaltada até a região de Infante Rivarola e depois mais 110 por vicinal ate a fronteira com a Argentina em Pozo Hondo.Expedição da Rota BIoceânica teve que fazer desvio de mais de 100 quilômetros por conta de trecho intransitável no ParaguaiEsse último trecho se mostrou o maior desafio da expedição até o momento. Em más condições de conservação a estrada fazia com que as caminhonetes transitassem em velocidade abaixo dos 30 quilômetros por hora, na maior parte do trajeto para fugir dos buracos e atoleiros na pista.Mesmo estrada vicinal escolhida como desvio para a expedição estava em más condições devido as constantes chuvas na regiãoApesar dos cuidados redobrados, duas caminhonetes ainda acabaram atolando durante a travessia. Com o grupo trazendo um série de equipamentos de segurança, como cordas e cabos de aço, os próprios 'rileiros' fizeram o resgate dos companheiros. Veja vídeo abaixo das caminhonetes sendo desatoladas: Expedição da Rota Bioceânica enfrenta atoleiros em estrada de chão no Chaco ParaguaioO "rally"da bioceânica durou quase cinco horas. No meio da tarde a expedição chegou ao posto de fronteira do Paraguai com a Argentina. Após fazerem os procedimentos burocráticos da passagem entre os dois países o grupo seguiu viagem para percorrer mais 600 quilômetros até San Salvador de Jujuy.Nesta segunda-feira (27) a expedição da RILA segue viagem para San Pedro do Atacama, no Chile, passando no caminho pela Cordilheira dos Andes.