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Presos há dois dias, investigados em operação prestam depoimento no Gaeco

Os oito detidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) prestam depoimento nesta sexta-feira, no Ministério Público Estadual.


Foto: Reprodução internet

Os oito detidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) prestam depoimento nesta sexta-feira, no Ministério Público Estadual.

Serão interrogados o agora ex-adjunto da Secretaria de Educação, Édio Castro; Simone de Oliveira Ramirez Castro; Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima; Victor Leite de Andrade; Paulo Henrique Muleta Andrade, Sergio Duarte Coutinho Junior e Lucas Coutinho.

Ontem, foram ouvidos 12 testemunhas, totalizando 20 ouvidos, com os oito detidos. Segundo a investigação, os oito presos tiveram participação ativa em um esquema de corrupção investigado na Operação Turn Off. Os irmãos Coutinho teriam chefiado uma organização criminosa voltada à prática de fraude à licitação, peculato, corrupção e correlatos.

No total, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.

A investigação, conduzida pelo GECOC, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro.

"Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos", divulgou o MPE.

Segundo Ministério Público, os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.

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