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em sala para vítimas

Policial que estuprou mulher em sala para vítimas de violência de gênero é demitido 20 meses após crime

Decisão foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul.


Decisão foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul. Elbeson de Oliveira foi condenado a 14 anos de prisão por ter estuprado uma presa dentro da delegacia de Sidrolândia (MS). Delegacia Civil de Sidrolândia (MS)

Agora ex-investigador de polícia, Elbeson de Oliveira, de 42 anos, foi demitido da Polícia Civil nesta quarta-feira (6). Ele foi condenado por estuprar uma mulher, de 28 anos, dentro de uma sala destinada à vítimas de violência de gênero, na delegacia de Sidrolândia (MS), em abril de 2022.

A demissão de Elbeson foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul cerca de 20 meses após o caso. A decisão foi assinada pelo secretário de Justiça e Segurança Pública do estado, Antônio Carlos Videira.

Segundo a decisão, Elbeson usou do cargo para "fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidário ou de qualquer natureza, para si ou para outrem". Para aplicar a demissão, a Sejusp também enxergou que Elbeson usou de "violência desnecessária no exercício das funções".

Elbelsom de Oliveira foi condenado a 13 anos, 7 meses e 15 dias. O réu foi condenado pelos crimes de estupro e importunação sexual.

Abusos

Com exclusividade ao g1, a vítima do caso relatou os abusos e traumas com os quais conviveu diariamente durante a prisão. Por segurança, a identidade da vítima foi preservada. Assista a um trecho da entrevista acima.

A vítima que teve o direito de responder ao processo por tráfico de drogas em liberdade. Depois de ter sido vítima de abuso, o juiz entendeu que a integridade física e psicológica dela não poderia ser garantida se ela continuasse encarcerada.

No dia 20 de abril de 2022, o acusado foi afastado compulsoriamente do cargo e entregou a arma, carteira funcional e teve todas as senhas de acesso ao sistema policial suspensas.

A vítima comentou que, no primeiro dia, para que saísse da cela, o investigador alegou que uma prima estava em ligação. "Quando saí da cela, ele começou a me ameaçar. Disse para eu não falar para ninguém, que eu não era daqui e que, se eu fizesse alguma coisa, ninguém ia sentir a minha falta".

Vítima de estupro em delegacia relata trauma em entrevista ao g1

Após ser violentada, a vítima foi levada para a cela e conta que passou a noite em claro e aos prantos. Como o investigador apenas cobria plantões em Sidrolândia, a ida à delegacia era feita de dois em dois dias.

"Eu me senti a pessoa mais desprotegida do mundo. A pessoa já está em um canto onde tem que ser protegido, e isso acontece com você?".

O crime foi denunciado por outros presos, que pediram para falar com uma delegada após saberem da série de abusos sexuais. Para ela, os detentos disseram ter escutado a vítima chorando na noite anterior, ocasião em que ela revelou ter sido abusada sexualmente pelo investigador.

Polícia

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