"Peço sinceras desculpas à comunidade judaica por qualquer explosão não intencional causada por minhas palavras ou ações. Não era minha intenção magoar ou rebaixar, e lamento profundamente qualquer dor que possa ter causado", diz o texto escrito em hebraico.
Na live de quase dez minutos, Kanye West profere insultos ao povo judeu em mais de uma ocasião. "Eu ainda mantenho alguns judeus perto de mim. Como empresários? Não. Só deixo fazerem minhas joias", disse. "Quem faz os hospitais? São os sionistas. É o que eu estou tentando contar para vocês. Jesus Cristo, Hitler, Ye [seu pseudônimo] patrocinem isso", continuou ele.
"Eu estava lidando com um advogado de divórcio e expliquei para ele qual era o meu problema. E a resposta dele foi, 'se você continuar com essa retórica antissemita, você não vai poder ver seus filhos'", afirmou em outro momento.
"Eu não poderia ter uma opinião, ou não poderia ver meus filhos. Vocês sabem com quem estão mexendo? Eu sou um intermediário de Deus."
Em 2022, Ye já havia sido alvo de críticas por conta de comentários antissemitas. Em uma entrevista dada a Alex Jones, do canal Infowars, ele comentou declarações preconceituosas e afirmou "ver coisas boas no Hitler também".
"Eu não gosto da palavra 'mau' ao lado de 'nazistas'. Eu amo judeus, mas eu também amo nazistas", continuou o rapper.
O caso despertou uma onda de repúdio ao rapper, que acabou suspenso do Instagram e perdeu grandes contratos, de marcas como a Adidas. West declarou ter perdido US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,6 bilhões) em um dia.
Na letra "Vultures", lançada por Ye em novembro deste ano, ele ironiza a repercussão de suas declarações. "Como poderia eu ser um antissemita?/ eu acabei de transar com esta judia", diz um dos trechos da canção.