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Política

PT teme apoio de Vander a Rose contra candidatura de Camila Jara na Capital

A ex-deputada federal Rose Modesto (União) continua sendo fantasma para a pré-candidatura de Camila Jara (PT) à Prefeitura de Campo Grande.


Foto: Reprodução internet

A ex-deputada federal Rose Modesto (União) continua sendo fantasma para a pré-candidatura de Camila Jara (PT) à Prefeitura de Campo Grande. Dentro do partido, lideranças temem a influência do deputado federal Vander Loubet (PT) a favor de uma aliança com Rose Modesto.  

Vander nega, mas a articulação foi confirmada pelo presidente municipal do PT, Agamenon Rodrigues, que admitiu o diálogo de Vander com algumas lideranças. Todavia, afirmou que dentro do partido, pelo menos regionalmente, Camila já está escolhida como candidata.

"O processo em MS já está resolvido. O que surgiu nos últimos dias foi uma defesa do deputado Vander da possiblidade de apoiar candidatura fora do partido. Em Campo Grande, já foi definido. Tínhamos quatro candidaturas de mulheres. Gisele, Eugenia, Bartolina e a deputada Camila Jara, que foi escolhida por unanimidade, inclusive em consenso, através de outras três, que retiraram em apoio a ela", explicou o presidente municipal do PT.

O diretório nacional do PT deu aos diretórios regionais a possibilidade de fazer indicação de candidaturas, mas terão que passar pela nacional, que fará uma avaliação das condições da candidatura.

"Para nós, não tem problema nenhum. O Vander é uma liderança no PT e tem que ser ouvido. Coloca as preocupações dele e o partido vai ouvi-lo, mas aqui, o processo está resolvido". Indagado sobre quem Vander estaria pensando em apoiar, Agamenon confirmou o nome de Rose Modesto.

"Ele está conversando com algumas pessoas internamente dentro do partido e apontou a Rose Modesto. O diretório tem dito que a princípio a candidata é a Camila Jara e que não abre mão de tê-la como candidata. Dentro do PT, a Camila está consolidada", afirmou.  

Agamenon pontua que, apesar do questionamento de Vander ser legítimo, acaba atrapalhando a campanha do partido. "Deveria ser feito quando estava escolhendo a candidatura. Vejo com muito prejuízo tentar fazer esse debate agora, quando partido está unido na candidatura da Camila. PV e PcdoB, que participam da federação, também declararam apoio a Camila e já estamos conversando com outros partidos", concluiu.

A preocupação é tanta que nesta semana o deputado estadual Pedro Kemp fez questão de postar uma foto abraçado com Camila Jara, afirmando que o nome dela já está aprovado nas instâncias do PT e que o resto é especulação para facilitar a vida da atual prefeita e do candidato do Governo.

Vander Nega

Procurado pela reportagem, o deputado federal Vander Loubet negou que esteja defendendo aliança com Rose e disse acreditar na candidatura de Camila Jara, apostando que ela terá mais de 20% dos votos, assim como ele e Ben-Hur já tiveram na Capital. Indagado sobre essa desconfiança do partido, Vander disse que está dialogando com todos, mas nega aliança.

"Para fazer aliança, alguém tem que convidar. Não fomos convidados para fazer aliança. Defendo o que for melhor para o Lula. Aliança não tira pedaço de ninguém. Tem que ter programa e querer. Quando não tem força suficiente, acha que acrescenta mais fazer aliança, para ganhar as eleições. Acho que temos uma baita candidata, mas também temos que estar conversando. Qualquer aliança tem que ser com compromisso da reeleição do presidente Lula. O que temos hoje é a candidatura da Camila Jara, por todas forças políticas internas. Converso com Beto, Rose, a prefeita, mas nenhum movimento para retirar a candidatura. Pelo contrário, cada dia a Camila vem se consolidando", detalhou.

O deputado recorda que o partido teve candidato próprio nos momentos mais difíceis e deve ter agora, quando vive um bom momento. "Para defender os projetos do governo Lula, a candidatura própria é fundamental. A Camila é muito qualificada. Deputada federal, está lá no dia a dia. Tenho me somado e esforçado nisso. Evidente que as pessoas me procuram para conversar e a conversa passa pelo partido. Vai ser debatido, discutido e definido pelo PT, que tem no histórico candidatura própria. Não temos histórico de aliança", concluiu.

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