PMNAS

Justiça condena Ronnie Lessa por contrabandear peças de armas de fogo

No Rio de Janeiro, a Justiça Federal condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo.

Por Midia NAS em 19/02/2024 às 23:50:53

No Rio de Janeiro, a Justiça Federal condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. Ele vai ter que cumprir seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto. Lessa estĂĄ preso desde 2019, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no ano anterior. Ele e o tambĂ©m ex-policial Élcio de Queiroz ainda aguardam julgamento.

Segundo a acusação apresentada pelo MinistĂ©rio PĂșblico Federal (MPF), Ronnie Lessa fez dez importações ilĂ­citas de peças e acessórios bĂ©licos entre 2017 e 2018. O material poderia ser usado para montar fuzis, armas de airsoft e de pressão a gĂĄs. Mas a Justiça só confirmou como passĂ­veis de condenação quatro dessas importações, por considerar que não hĂĄ provas suficientes nos outros seis casos.

ResponsĂĄvel pela decisão, a juĂ­za Fernanda Resende Djahjah Dominice destacou que Lessa era policial militar e deveria combater e evitar a prĂĄtica de crimes, alĂ©m de ter "completa ciĂȘncia da necessidade de autorização prĂ©via da autoridade competente para o ingresso desse tipo de material em território nacional, e mesmo assim optou por importĂĄ-los ilegalmente".

"As consequĂȘncias do delito tambĂ©m são especialmente graves. Todo elemento probatório coligido aos autos denota que o acusado importava tais componentes com o objetivo de efetuar a montagem de armas de fogo que seriam inseridas na clandestinidade, o que afeta e coloca em risco milhares de pessoas, representando uma grave ameaça à segurança pĂșblica", acrescentou a juĂ­za.

A filha do ex-policial, Mohana Figueireiro Lessa, tambĂ©m respondia ao processo, acusada de participar de trĂȘs das dez importações. Ela morava nos Estados Unidos e, segundo o MPF, teria recebido em casa os artefatos comprados pelo pai na internet. Ela trocaria a embalagem dos produtos e os mandaria para o Brasil, sem indicar com precisão o conteĂșdo da encomenda. A Justiça, no entanto, decidiu absolver Mohana de todas as acusações, por entender que não hĂĄ provas suficientes do conhecimento dela sobre o crime, "sendo plenamente possĂ­vel imaginar que seu pai, repita-se, à Ă©poca policial militar, estivesse legitimado a fazer tais importações".

Comunicar erro
Camara Municipal de NAS

ComentĂĄrios

Publicidade 728x90 2 Camara Vol 2